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PM apontado como chefe de quadrilha de furto de petróleo já foi condenado por furto de fios

Marcelo Queiroz dos Anjos, lotado na Ajudância Geral, no QG da PM, está foragido. A Polícia Civil foi até o endereço do oficial, na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, mas ele não foi encontrado

Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefonia
Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefonia -
Rio - Apontado como o líder da organização criminosa especializada em furto de petróleo, o capitão da Polícia Militar, Marcelo Queiroz, já foi condenado anteriormente por ter envolvimento com uma quadrilha que furtava fios de telefonia. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Rio.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizam, na manhã desta terça-feira, uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis, em municípios da Baixada Fluminense. O objetivo é cumprir cinco mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão. Além do Estado do Rio, há mandados de busca e apreensão cumpridos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Marcelo Queiroz dos Anjos, lotado na Ajudância Geral, no QG da PM, está foragido. A Polícia Civil foi até o endereço do oficial, na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, mas ele não foi encontrado. Até às 6h50, quatro pessoas haviam sido presas. A quadrilha liderada pelo PM furtou ao todo 169,5 litros de petróleo.
Desde 2015, foram 259 incidentes registrados de tentativas ou furtos consumados de combustível em dutos da Petrobras:
2015 – 11
2016 – 32
2017 – 95
2018 – 69
2019 – 40
2020 – 12 (até setembro)
De Guapimirim para o Paraná
De acordo com as investigações da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que começaram há seis meses, a quadrilha furtava petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras, no município de Guapimirim. O combustível era transportado para Rolândia, no Paraná, para adulteração e revenda.

O segundo homem na quadrilha, de acordo com a polícia e o MP, é Gilson Cunha Júnior. Ele foi preso em cumprimento de mandado de prisão e, em sua casa, na Mangueirinha, em Duque de Caxias, foi encontrado material de trepanação e armazenamento de óleo e combustível. Um tanque para armazenar combustível também foi encontrado em frente à casa de Gilson.

Os agentes também prenderam Jorge Dias Braga, cunhado de Gilson. Ele foi encontrado num imóvel próximo ao do seu familiar.

Investigações começaram há seis meses

Através de escutas telefônicas autorizadas pela justiça, os investigadores descobriram que a organização criminosa atuava também em Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense.

Segundo os agentes, o grupo chegou a cavar um túnel subterrâneo para acessar o duto. Eles alugaram uma retroescavadeira para abrir uma via de acesso aos caminhões tanque ao local da retirada de petróleo.

O prejuízo causado pelas perfurações já chegou a R$ 2 milhões.