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Moradora é morta durante operação em Parada de Lucas

Por conta dos confrontos, a Supervia suspendeu a circulação dos trens

Passageiros da Supervia se abaixam ao passar pelas estações de Vigário Geral e Parada de Lucas
Passageiros da Supervia se abaixam ao passar pelas estações de Vigário Geral e Parada de Lucas -
Rio - Uma mulher morreu, na manhã desta quinta-feira (4) depois de sido baleada durante um tiroteio nas comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio. Segundo informações, ela ficou no meio do fogo cruzado em uma troca de tiros entre traficantes e policiais civis. Por conta dos tiroteios, a circulação de trens foi suspensa. Moradores protestam por conta da morte.
Não há detalhes sobre o incidente, mas a Polícia Civil diz que o tiro que atingiu a moradora possivelmente partiu da arma dos bandidos. A vítima buscava abrigo atrás de um muro e ficou na mira dos traficantes, segundo a polícia. Segundo informações de moradores, a vitima era evangélica e fazia trabalhos sociais dentro da comunidade.
Por conta da morte da moradora, moradores fecharam algumas ruas da região, ateando fogo em pneus usados e pedaços de paus. A polícia tenta impedir a manifestação.
Desde as primeiras horas desta quinta-feira, agentes da 38ª DP (Vista Alegre) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam uma operação contra o tráfico de drogas que atua na região.
De acordo com os agentes, a operação foi montada com bases em denúncias da Supervia e usuários dos trêns que alertaram a polícia sobre a movimentação de bandidos nas estações do trem, tentando alavancar a venda de drogas na região.
MEDO
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram passageiros da Supervia abaixados em um vagão. Há relatos de intensos tiroteios entre Parada de Lucas e Vigário Geral.
A Supervia suspendeu temporariamente a circulação de trens na região.
ABUSOS E INVASÃO
Áudios que circulam em grupos de WhatsApp, atribuídos a uma moradora, afirmam que os policiais envolvidos na operação atuam de maneira truculenta dentro da comunidade. Segundo a mulher, além de chegar atirando, os agentes invadiram algumas casas sem mandados de busca e apreensão.
"A gente só quer que vocês nos ajudem a divulgar esses abusos. Os policiais estão invadindo as casas e atirando a esmo", diz a mulher.