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Idosos de 78 anos sofrem com filas, aglomeração e falta de vacinas nos postos de vacinação

Segundo relatos, na Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vila Cosmos, doses da vacina já tinham acabado antes das 9h da manhã

Longa fila e aglomeração no Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá
Longa fila e aglomeração no Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá -
Rio - Os idosos com 78 anos de idade começaram a se vacinar contra a covid-19, nesta quinta-feira, de acordo com o calendário de imunização determinado pela Prefeitura do Rio. Porém, eles encontraram longas filas de espera, aglomeração e até mesmo falta de vacina, antes das 9h da manhã, nos postos de vacinação da Zona Norte do Rio.
A aposentada Kátia Ribeiro, de 56 anos, levou a mãe, Irene Mazega Ribeiro, de 78 anos, para se vacinar no Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá, na Zona Norte do Rio, e encontrou fila e aglomeração. Kátia precisou ficar em pé na fila, guardando lugar para Dona Irene, que estava esperando no carro.
“Eu fui para lá guardar o lugar da minha mãe, para ela não ficar esperando na fila, porque estava bem grande e com muita aglomeração”.
A filha de Dona Irene ainda relatou que muitos jovens estavam fazendo o mesmo que ela, guardando lugar para os mais velhos na fila, e que os mais debilitados não têm prioridade.
“Um senhor estava sentado no banco e ele é portador de oxigênio, não podia respirar. Perguntaram se ele tinha prioridade e a agente de saúde disse que todos têm a mesma idade e a mesma prioridade. Achei um absurdo isso tudo, o cúmulo do absurdo”, afirmou.
Antes de ir ao posto de vacinação em Irajá, Kátia chegou a verificar como estava a situação na Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, no Conjunto do Ipase, em Vila Cosmos, Zona Norte, e, antes das 9h, as doses da vacina já tinham acabado. “Eu tenho família que mora nesse Conjunto do Ipase. Eles desceram para ver a fila e, nem eram 9h da manhã, já tinha acabado a vacina”.
Segundo a aposentada, pessoas na fila também relataram que tinham ido à Clínica da Família de Vista Alegre, também na Zona Norte, e as vacinas também tinham acabado no posto de saúde.
Apesar da espera de quase 45 minutos, dona Irene recebeu a primeira dose da Coronavac e espera ansiosamente para tomar a segunda dose, no dia 1º de abril.
“Uma alegria e tanto. A gente não está totalmente protegida, mas pelo menos está pela metade. Alivia mais, a gente tira metade do peso do corpo. Foi legal, eu gostei. Só não adianta tirar a máscara. O povo tem que acordar e tomar vergonha na cara, parar de aglomeração, porque está difícil", disse a idosa.
“Foi muita emoção, tanta emoção que a foto que eu tirei foi quando a moça estava preparando a vacina e depois. Na hora da vacina eu não consegui retratar. É muita emoção realmente, a pessoa pode respirar melhor”, contou Kátia ao ver a mãe ser vacinada contra a covid-19 pela primeira vez.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Niterói (SMS), no momento, a Clínica da Família Ana Maria Conceição está abastecida e não há falta de doses na unidade. Após a vacinação durante a manhã, todo o estoque da unidade foi usado e foi necessária uma reposição.

"Para evitar aglomerações e usar um ambiente arejado, a campanha de vacinação no CMS Clementino Fraga Filho está organizada no estacionamento da unidade, com o uso de duas tendas e cadeiras longarinas para acomodação dos idosos. O horário de manhã é o de maior fluxo nas unidades, por isso, a SMS recomenda que a população procure as unidades no período da tarde, quando a movimentação é menor", informou a pasta, em nota.
*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro
Longa fila e aglomeração no Centro Municipal de Saúde Clementino Fraga, em Irajá Whatsapp O DIA
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Irene Mazega Ribeiro, 78 anos, sendo vacinada WhatsApp O DIA
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Idoso de 78 anos com respirador de oxigênio sem prioridade na fila da vacinação WhatsApp O DIA