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Saúde altera cronograma de novo e previsão de vacinas contra Covid-19 para março cai para 30 milhões

No novo cronograma, o governo federal reduziu a distribuição em 8 milhões de imunizantes

Vacina contra a covid-19 Soberana 02, desenvolvida em Cuba, entrou na fase 3 dos testes clínicos
Vacina contra a covid-19 Soberana 02, desenvolvida em Cuba, entrou na fase 3 dos testes clínicos -
O Ministério da Saúde anunciou neste sábado uma nova quantidade de doses de vacinas contra a Covid-19 para a entrega neste mês. No novo cronograma, o governo federal reduziu a distribuição em 8 milhões de imunizantes, totalizando para março a quantidade de 30 milhões. 
O novo cronograma descarta a distribuição das doses da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. A pasta havia colocado no calendário, mas a empresa responsável pelo imunizante ainda não tinha entrado com autorização para uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O calendário já havia sido alterado duas vezes, com a última mudança na quarta-feira. Na primeira vez, o ministério esperava o total de 46 milhões de doses para março, mas diminuiu para 38 milhões. Já na quarta, houve uma queda para 37,4 milhões. 
O governo explicou que a redução aconteceu por diminuição na produção de vacinas do Instituto Butantan, quatro milhões de doses da Oxford/Astrazeneca que seriam importadas da Índia, mas não devem chegar a tempo, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina no Brasil, que recebeu atrasado os insumos da China. O governo também alterou a data de chegada das 400 mil doses da Sputinik V para abril. 
A pasta disse que o cronograma prevê a entrega de 30 milhões de doses provenientes de acordos com o Instituto Butantan, AstraZeneca/Oxford (Fiocruz) e consórcio Covax Facility. As previsões de entrega são enviadas à pasta pelos fornecedores dos imunizantes e estão sujeitas a alterações, de acordo com a disponibilidade dos laboratórios e a real quantidade de doses entregues, que pode variar conforme o ritmo de produção dos insumos.

Deste total, serão 23,3 milhões de doses (22,7 milhões + 600 mil doses residuais de fevereiro) do Instituto Butantan, enviadas à pasta em remessas semanais. Outros 3,8 milhões da vacina da AstraZeneca/Oxford, previstas para a segunda quinzena do mês, provenientes do primeiro lote produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com matéria-prima importada. Também são esperadas mais 2,9 milhões de doses do mesmo imunizante, adquiridos via consórcio Covax Facility.
"A partir do quantitativo exato de doses recebidas, o Ministério da Saúde organiza a divisão de forma proporcional e igualitária aos estados e Distrito Federal. Posteriormente, as doses são enviadas aos estados, responsáveis pela distribuição dos imunizantes a todos os municípios brasileiros, que aplicarão as vacinas em suas 38 mil salas de vacinação", disseram eles.