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Macaé e Rio das Ostras marcam o Dia Internacional da Mulher com a realização do 8M

Ato simbólico marcaram também o Dia Nacional de Lutas da Educação em Defesa da vida

Durante a pandemia o Brasil teve um aumento significativo de feminicídio e violência contra a mulher
Durante a pandemia o Brasil teve um aumento significativo de feminicídio e violência contra a mulher -
Rio das Ostras - Nesta segunda, 8, Dia Internacional da Mulher, os municípios de Macaé e Rio das Ostras promoveram o 8M. As ações têm o apoio do Sinpro Macaé e Região, que aderiu o Dia Nacional de Lutas da Educação em Defesa da Vida e dos Serviços Públicos, que reuniu todos os sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Neste momento o debate é urgente para que a vacina chegue para todos, inclusive à comunidade escolar, que o Auxílio Emergencial não tenha seu valor de repasse diminuído e pela valorização do Sistema Único de Saúde de uma Educação Pública de qualidade e de acesso a todos.

Sindicatos realizaram atos simbólicos, debates e mobilizações virtuais em defesa de vacina para todos e todas, do auxílio emergencial de R$600 reais para os que mais precisam, de políticas de promoção de emprego e renda para as famílias, dos serviços públicos, servidores e servidoras.

O Brasil vive uma grave crise econômica e social, agravada por uma pandemia que já matou mais de 254 mil brasileiros e brasileiras, onde milhões se encontram desempregados e desempregadas e a fome se encontra cada vez mais presente.

As violências físicas, psicológicas, morais, patrimoniais, sexuais, e o feminicídio aumentam drasticamente, onde o fascismo e o liberalismo avançam no país, promovendo ataques aos movimentos sociais, aos negros e negras, aos indígenas, às mulheres, aos LGBTQI+ e retirando cada vez mais nossos direitos.

“É fundamental que a gente ocupe todos os espaços e lute pelas nossas vidas! Nós, mulheres, produzimos a maior parte de toda riqueza do mundo, mas ainda somos 70% da população mais pobre; mais da metade das casas onde há fome são chefiadas por mulheres, e percebe-se que com a pandemia a sobrecarga da tripla jornada de trabalho, exercida pelas mulheres aumentou, assim como o sofrimento psíquico, como ansiedade e depressão. Dentro das escolas, seja as privadas ou públicas, somos boa parte dos profissioanais. Precisa de vacina urgentemente”, contou Guilhermina Rocha, presidente do Sindicato dos Professores de Macaé e Região.

Durante a pandemia o Brasil teve um aumento significativo de feminicídio e violência contra a mulher. Só nos seis primeiros meses de 2020, 631 mulheres foram mortas por feminicídio, sendo 90% dos assassinatos cometidos por companheiros ou ex-companheiros. Em relação às mulheres trans e travestis, foram 175 mortas em 2020, sendo 78% negras.
Neste momento, o auxílio emergencial foi diminuído e os cofres públicos são gastos com cloroquina, comprovadamente ineficaz para Covid-19.

“Nos hospitais, falta investimento, oxigênio e vacina para população. E junto da ministra Damares o Governo Federal promove um desmonte das, já insuficientes, políticas de enfrentamento a violência contra as mulheres.

Em 2020 o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos gastou apenas 53% do orçamento previsto para a pasta, provando que essa Administração Federal não se importa com a vida das mulheres.

Os atos simbólicos não geraram aglomeração. O objetivo foi reunir poucas pessoas para marcar a data, que não pode deixar de ser olhada. Em Macaé, aconteceu às 15h, próximo a Sociedade Musical Nova Aurora, na Avenida Rui Barbosa (Calçadão), no Centro. Em Rio das Ostras foi às 18h, na Praça José Pereira Câmara, no Centro de Rio das Ostras. Todos os participantes usaram máscaras e álcool gel.