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Ministério Público abre inquérito para apurar irregularidades na Agenersa

MPRJ destacou que Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro não tem estrutura administrativa ou financeira para cumprir com as funções

Fachada Ministério Público do Rio de Janeiro
Fachada Ministério Público do Rio de Janeiro -
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu um inquérito para apurar a capacidade da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) em cumprir com seus deveres. A Agenersa é vinculada à Secretaria de Estado da Casa Civil e regula serviços públicos nas áreas de energia e saneamento básico. 
O MPRJ destacou que a agência não tem estrutura administrativa ou recursos financeiros necessários para cumprir com suas funções. O Ministério Público cita a desproporção entre cargos efetivos e comissionados, a falta de concurso público, a ausência de plano de cargos e salários e a evasão de recursos humanos como alguns dos problemas enfrentados pela Agenersa. Além deles, aponta ainda a baixa atratividade dos cargos, o número reduzido e insuficiente de servidores lotados nas suas Câmaras Técnicas, a falta de transparência na gestão do Fundo de Regulação de Serviços Concedidos e Permitidos do Estado e o descumprimento de funções típicas de regulação.
O inquérito pede que a presidência da agência divulgue, em até 20 dias úteis, dados sobre a identificação de funcionários do departamento de recursos humanos, de cargos vagos, data de homologação do último concurso público. Também pede para que seja esclarecido a regulamentação do plano de cargos e salários, identifique os profissionais que trabalham na agência para apurar se há conflito de interesses dos trabalhadores com os deveres da Agenersa. 
A Secretaria de Estado da Casa Civil tem o mesmo prazo para se manifestar sobre as medidas de preparação da Agenersa. Também pediu para que o Instituto Rio Metrópole informe sobre a existência de estudos da Região Metropolitana para ampliar o alcance regulatório da agência. Além disso, diretores e presidentes da Águas de Juturnaíba, Cedae e Prolagos, assim como a Agência de Bacia do Rio Paraíba do Sul e o Consórcio Intermunicipal Lagos São João tem até 20 dias úteis para prestar informações sobre as principais dificuldades identificadas e possíveis melhorias da Agenersa.