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Ministro do STF dá prazo para Bolsonaro falar sobre compra de vacinas pelos estados

Ricardo Lewandowski acatou ação que pede que presidente repasse recursos para compra de imunizantes

Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro -
Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou prazo de 5 dias para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifeste sobre a ação que cobra do governo federal repasse de recursos para a compra de vacinas contra o novo coronavírus (Sars-cov-2) pelos estados.

A ação foi apresentada na terça da semana passada (2), pelo partido Rede Sustentabilidade. No documento, a sigla afirma que o governo “decide não agir” no Plano Nacional de Imunização, e transfere a responsabilidade para os estados:

"Transferir apenas a responsabilidade sem o respectivo recurso orçamentário para fazer frente ao encargo é um verdadeiro beneficiamento da própria torpeza: a União decide não agir, o que transfere a responsabilidade - que era sua - para os demais entes, os quais não têm recursos financeiros para assumir a responsabilidade".

A rede defende que o repasse financeiro seja feito de forma direta, indireta, ou até mesmo por meio de consórcios caso o governo federal não seja capaz de promover o aceleramento da vacinação no país em até 10 dias.

Na ação, foi apresentada a opção da União compensar os estados que gastassem na compra de imunizantes.

O ministro Lewandowski, "considerando a relevância da matéria”, definiu que o pedido de liminar será levado diretamente a julgamento ao plenário do Supremo.

O Brasil ultrapassou nesta terça (9) a marca de 8,5 milhões de vacinados. Até o momento, ao menos uma dose de vacina foi aplicada em 8.654.186 pessoas no país. O número representa 4,01% da população.