Mais Lidas

Fiocruz orienta população sobre diminuição de riscos durante a Semana Santa e Páscoa

O manual vale para quem vai celebrar a data em casa ou em outro local, e que estarão expostos a diferentes níveis de contágio

Fiocruz
Fiocruz -
Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atualizou uma cartilha de recomendações, que foi criada para as celebrações do fim do ano passado, para diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus durante a Semana Santa e no domingo de Páscoa. A orientação é para que a população fique em casa, apenas com as pessoas que já convivem juntas. "Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da covid-19".
Com o aumento do contágio e mortes por covid-19 em todo o país, feriados como a Páscoa, quando famílias costumam se reunir, tendem a se tornar causas de agravamento da pandemia. Com isso, a principal recomendação da Fiocruz é preservar a vida. A cartilha lançada pela instituição nesta quarta-feira tem uma série de dicas para as famílias aproveitarem o momento com segurança sanitária.
Dicas gerais da cartilha da Fiocruz
- Usar máscara sempre que não estiver bebendo ou comendo
- Ter uma máscara reserva, limpa e seca para o caso de sujar e precisar trocar
- Evitar aglomerações e mandar a distância de, pelo menos, dois metros
- Dar preferência a locais abertos ou bem ventilados
- Evitar o uso de ar-condicionado
- Lavar as mãos com frequência
- Não compartilhar objetos, como talheres ou copos
O manual vale para quem vai celebrar a data em casa ou em outro local, e que estarão expostos a diferentes níveis de contágio.

A cartilha traz também informações sobre o preparo e manuseio de alimentos, limite de pessoas e ventilação nos ambientes, descarte de lixo e disponibilização de álcool em gel. As recomendações sobre lavagem das mãos permanecem. No fim da cartilha, estão listadas as situações e as condições de saúde que impedem as pessoas de participarem de confraternizações.
Terceira onda
O Estado do Rio de Janeiro enfrenta uma terceira onda de disseminação da covid-19 e a principal causa para o surgimento do fenômeno pode ser a influência direta da variante de Manaus, a P1. A consideração é do médico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado, Alexandre Chieppe, que concedeu uma entrevista ao O DIA na manhã desta quarta-feira (31).
"Durante a segunda onda, de novembro a dezembro do ano passado, predominava a P2 (da Inglaterra). A partir de janeiro deste ano, começamos a verificar a predominância da variante de Manaus. Então a hipótese que levantamos é que provavelmente essa nova onda no estado ocorreu em função da P1", afirmou o médico.
A terceira onda que atinge o estado provocou um forte aumento no número de internações e na fila de espera por pessoas que precisam de um leito de UTI. O médico menciona que não há uma previsão definida para a redução das lotações nos hospitais e diminuição dos casos.
"É difícil prever, o que fazemos é algumas simulações com a base no que aconteceu com outros estados, em que o número de casos subiu, se manteve em platô e diminuiu. Essa fase costuma durar em torno de oito semanas, estamos num platô neste momento e a gente espera até alguma queda, mas é difícil afirmar isso", ponderou.
Fiocruz Erasmo Salomão/MS
Fiocruz lança cartilha com recomendações para a celebração da Páscoa Divulgação