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Polícia Civil nega pedido de Dr. Jairinho e mantém reprodução simulada para esta quinta

Advogados alegaram que a mãe do menino Henry está em 'grave estado de depressão'

Menino Henry sofreu hemorragia interna e laceração do fígado
Menino Henry sofreu hemorragia interna e laceração do fígado -
Rio - O pedido de adiamento da reprodução simulada que está prevista para acontecer nesta quinta-feira foi negado pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca). A defesa do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e da mulher Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, alegou que o casal não teve tempo hábil para a preparação de um assistente técnico que os acompanhantes na encenação do que ocorreu no apartamento onde moravam com a criança.
De acordo com os advogados do casal, Monique está em "grave estado de depressão" e, por isso, pediu que uma nova data seja marcada para depois do dia 12 de abril. Na petição, a defesa também pediu um laudo de ruído ambiental - em virtude do barulho de uma possível queda da cama, enquanto o casal assistia televisão no quarto ao lado.
Segundo o delegado, uma reprodução simulada é custosa ao estado e é essencial para dar continuidade às investigações que apuram a morte de Henry. A reconstituição está marcada para acontecer às 14h desta quinta-feira e contará com a participação de peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e de policiais da 16ª DP.
A Polícia Civil já ouviu mais de 15 testemunhas. Uma ex-namorada do vereador o denunciou por agressões contra ela e a filha, que na época era menor. Já os médicos que atenderam o casal na madrugada em que Henry morreu disseram que o menino já chegou sem vida no hospital.
Relembre o caso
Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Segundo o casal, o menino dormia no quarto e foi encontrado pela mãe, desacordado no chão. Na ocasião, a professora Monique relatou aos médicos que ouviu um barulho e foi ver o que tinha acontecido com o filho. Jairinho, que é médico, contou que o enteado não se mexia e o socorreu para a emergência.
Para a Polícia Civil, a morte do menino ainda precisa ter algumas circunstâncias esclarecidas.
O laudo da necropsia indicou a criança apresentava sinais de violência. A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A perícia constatou vários hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica.