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Caso Henry: Mãe e padrasto do menino não comparecem a reconstituição da morte da criança

A orientação foi dada pelo advogado do casal, que queria que a reprodução simulada acontecesse na próxima segunda-feira (5)

No local, há a participação de peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e de policiais da 16ª DP
No local, há a participação de peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e de policiais da 16ª DP -
Rio - Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, que morreu na madrugada do dia 8 de março na Barra da Tijuca, Zona Oeste, e o padrasto da criança, o vereador Jairo Souza, o Dr. Jairinho, não compareceram na reconstituição da morte do menino que aconteceu tarde desta quinta-feira no condomínio Majestic, no Cidade Jardim.
De acordo com o advogado do casal, André França, foi ele quem os orientou a não participar reprodução simulada. Os policiais saíram do local por volta das 18h.
Durante o processo, peritos coletaram manchas das paredes da sala e do quarto. Inicialmente, acharam que pudesse ser sangue, mas a possibilidade já foi descartada.
"Nós optamos por orientá-los a não participar de maneira alguma. Ao longo desses dias, apresentações certa de 22 petições e formulamos inúmeros requerimentos. Eu nem consegui acesso aos autos ainda. Nós não temos acesso a vídeos e a inúmeras declarações. O que a gente tem pedido e solicitado desde então, não tem sido atendido. O delegado nos avisou ontem (quarta-feira) que o procedimento seria hoje (quinta-feira). Nós pedimos apenas para que ele mudasse para a segunda-feira (5)", disse França.
O advogado afirmou ainda que queria a presença de um perito assistente de outro estado para acompanhar a reconstituição. "Estamos no meio de um feriado, com pandemia. Há a dificuldade de traze-lo do Rio Grande do Sul para cá. Além disso, a Monique (mãe de Henry) se encontra sob efeito de medicamentos e acompanhamento psiquiátrico, assim como o Jairinho", continua. Por fim, André diz que ele mesmo iria participar da reprodução simulada.
No local, houve a participação de peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e de policiais da 16ª DP. Um boneco com características de Henry foi utilizado para encenar a narrativa de Jairinho e Monique deram durante depoimentos.
A Polícia Civil já ouviu mais de 15 testemunhas. Uma ex-namorada do vereador o denunciou por agressões contra ela e a filha, que na época era menor. Já os médicos que atenderam o casal na madrugada em que Henry morreu disseram que o menino já chegou sem vida no hospital.
Pedido de adiamento da reconstituição
A defesa do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e da mulher Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, entrou, nesta quarta-feira (31), com pedido de adiamento da reprodução simulada.
De acordo com os advogados do casal, Monique está em "grave estado de depressão" e, por isso, pediu que uma nova data seja marcada para depois do dia 12 de abril. Na petição, a defesa também pediu um laudo de ruído ambiental - em virtude do barulho de uma possível queda da cama, enquanto o casal assistia televisão no quarto ao lado.
Já nesta quinta-feira, o pedido foi negado pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo Damasceno, uma reprodução simulada é custosa ao estado e é essencial para dar continuidade às investigações que apuram a morte de Henry.