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Procura por ovos de páscoa é grande no Rio de Janeiro

Apesar das medidas restritivas, muita gente preferiu escolher pessoalmente o presente

Geral - Comercio de ovos de Pascoa na cidade. Na foto, Marcia Novello, Lojas Americanas, no Largo do Machado, zona sul do Rio.
Geral - Comercio de ovos de Pascoa na cidade. Na foto, Marcia Novello, Lojas Americanas, no Largo do Machado, zona sul do Rio. -
Por mais que o momento esteja ainda longe de ser doce para todos, deixar de ir às ruas para comprar ovos de páscoa é algo que muita gente não abre mão. Na manhã desta Sexta-Feira Santa, o MEIA HORA foi dar aquela conferida de perto em como anda o espírito carioca para o domingo de páscoa que se aproxima. Nas Lojas Americanas do Catete, a busca pela guloseima que faz a festa da criançada foi grande.
Apesar da pandemia do novo coronavírus e das medidas de restrições mais duras das últimas semanas, as vendas até que foram consideradas satisfatórias. "Podemos dizer que foi bom. Muita gente que não quis se arriscar fez a compra online para receber online. Ou seja, a tecnologia ajudou nesse sentido", explicou a gerente Crislaine Ferreira, enquanto apontava para uma fila imensa de motoboys que esperam para fazer a retirada de pedidos de clientes.
Mas quem não é muito fã das facilidades proporcionadas pelo mundo virtual faz questão de fazer a compra no local. Foi o caso da consumidora Marcia Novello, que deixou o estabelecimento com o carrinho lotado de chocolates dos mais diversos tipos e tamanhos. "Tem quer vir. As crianças pedem alguns mais específicos, né? Além disso, é bom para sair um pouco de casa também. Os preços, claro, é que estão um pouco mais salgados", avaliou.
Já para o advogado Fábio Peixoto, que foi comprar e pesquisar ao lado da esposa, Deise de Sousa, o preço nem foi a grande surpresa dessa vez. "Ovos de páscoa sempre foram caros, o problema agora é que muitos diminuíram de tamanho. Mas eu gosto de vir comprar. São produtos delicados que podem chegar em casa já danificados. E outra coisa: as melhores coisas da vida não são feitas virtualmente", ensinou.
Projeção de queda
Recentemente, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) fez a divulgação de uma projeção sobre as vendas da para o período em 2021. De acordo com a entidade, haverá uma queda de 2,2% em relação a 2020 — movimentando algo em torno de R$ 1,62 bilhão. Se isso for confirmado, será o o o pior resultado desde 2008.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela CNC, a quantidade de chocolates importada este ano (2,9 mil toneladas) é a menor desde 2013. Mesmo mais baratos do que no ano passado, a pandemia atrapalhou muito todo o setor. A alta do dólar e o menor poder de compra das famílias são outros fatores importantes.

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