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'Não tem que estar se metendo em tudo', critica Bolsonaro em menção ao STF

Segundo o presidente, a proibição de igrejas é 'um absurdo dos absurdos' e a criação da CPI da Covid veio para 'perseguir' e 'tumultuar'

Presidente Jair Bolsonaro em visita a São Sebastião, no Distrito Federal
Presidente Jair Bolsonaro em visita a São Sebastião, no Distrito Federal -

Rio - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em visita a São Sebastião, no Distrito Federal, o mandatário disse que Doria é "patife" e que proibir cultos é um "absurdo". Ainda em Brasília, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro acusou a Corte de interferência no Senado, por conta da determinação de instalação da CPI da Covid-19, que vai investigar a atuação do governo no combate à pandemia.

"Interferência? Lamentavelmente existe ainda por parte do Supremo, no meu governo teve muito. Agora teve uma no Senado. [O STF] Não tem que estar se metendo em tudo. Já deram poderes aos governadores para fazerem a política de lockdown, confinamento", disse o presidente.

Para Bolsonaro, a criação da CPI tem objetivo de persegui-lo: "Essa CPI feita pela esquerda é para perseguir, para tumultuar. Conversei com alguns senadores. A ideia é investigar todo mundo. Sem problema nenhum. Agora a lei nasceu para todos"

"Lamento os superpoderes que o STF deu aos estados e aos governadores para fechar, inclusive, igrejas de cultos religiosos. É um absurdo dos absurdos. Está valendo o decreto do governador", completou. 

Por fim, o chefe do Executivo também negou que tenha aspirações ditatoriais. "O pessoal que me acusa de ditador nunca viu uma palavra minha e um só gesto que eu fugisse da Constituição. Muitos que me acusam fogem".