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Sargento da PM preso por sequestro e violência contra a mulher ainda recebe salário da corporação

Daniel Deglmann está preso desde outubro de 2019 por sequestrar a companheira, mantê-la em cárcere privado e torturá-la

Sargento da PM Daniel Deglmann
Sargento da PM Daniel Deglmann -
Rio - O sargento da Polícia Militar Daniel Deglmann, de 44 anos, preso em outubro de 2019 pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Caxias e condenado em março do ano passado a mais de nove anos de prisão em regime fechado por sequestrar a companheira, mantê-la em cárcere privado e torturá-la, ainda está recebendo salário da corporação. Segundo a PM, o procedimento apuratório interno envolvendo o referido policial está em andamento. 
Ele já teria embolsado mais de R$ 107 mil dos cofres do estado em salários. O último contracheque do militar seria de março. No mês, ele recebeu R$ 6,698.85, sem os descontos.
Segundo informações, em dezembro de 2020, o policial recebeu R$ 6,698.85 de salário e mais R$ 6,698.85 de 13º salário. Deglmann embolsou, meses antes, além do salário, mais R$ 26,795.40 de 'Remuneração Eventual', de acordo com o contracheque. O PM recebeu, naquele mês, do governo do estado R$ 33.494,25 brutos.
Daniel poderá ser excluído da corporação ao final do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que está em andamento na Corregedoria Geral da Polícia Militar. O PM está desde 2001 na corporação. 
Deglmann manteve por treze dias sua ex-companheira, uma jovem de 23 anos, trancafiada na casa onde eles moravam no Parque Pauliceia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em outubro de 2019. Durante todo tempo que ficou presa em casa, a mulher foi espancada e dopada para não conseguir falar com seus parentes. Daniel ficou preso preventivamente na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Atualmente, ele cumpre pena no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.