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Caso Henry: Polícia indicia Jairinho e Monique por homicídio duplamente qualificado

Com o fim do inquérito, polícia vai representar pela preventiva do casal. MP decide se pedirá a prisão

Monique Medeiros e Jairinho estão presos preventivamente
Monique Medeiros e Jairinho estão presos preventivamente -
Rio - A Polícia Civil do Rio indiciou o vereador Dr. Jairinho e sua ex-companheira Monique Medeiros, nesta segunda-feira, por homicídio duplamente qualificado no inquérito que apura a morte do menino Henry, de 4 anos. O parlamentar foi denunciado por tortura nos dias 2 e 12 de fevereiro, a mãe da criança por omissão quanto à tortura do dia 12 e ambos por homicídio duplamente qualificado.
O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), revelou que o inquérito foi concluído também nesta segunda. Com o fim das investigações, a Polícia Civil vai representar pela prisão preventiva do casal e o Ministério Público decidirá sobre o pedido.
Com o inquérito finalizado, Monique perde a chance de ser ouvida pela segunda vez, como havia sido solicitado pela defesa dela. Os advogados Thiago Minagé, Hugo Novaes e Thaise Mattar insistiram durante dias para que Monique pudesse dar uma nova versão dos fatos. Em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades, Monique Medeiros chegou a escrever uma carta de 29 páginas relatando uma nova história.
Na ocasião, a defesa de Leniel Borel, pai de Henry, desqualificou a carta escrita pela mãe. O advogado do pai do menino Henry Borel, Leonardo Barreto, disse que carta escrita por Monique Medeiros é composta por vários pontos mentirosos e que o conteúdo não traz nenhum fato novo ao inquérito, apenas uma tentativa da defesa de Monique de conseguir um novo depoimento. De acordo com a defesa de Leniel Borel, a mãe do menino estaria "pegando carona" no depoimento das ex-namoradas de Dr. Jairinho.
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O processo foi aprovado por unanimidade, com três votos, pelos vereadores Alexandre Isquierdo (DEM), Dr. Gilberto (PTC) e Inaldo Silva (Republicanos). O pedido foi formulado pelo próprio Conselho de Ética na última segunda-feira (26), e tem por base a investigação conduzida pela Polícia Civil sobre a morte do menino Henry Borel.