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Operação no Rio mira quadrilha de fraudes com cartões de crédito roubados

Agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão na capital, São Gonçalo e em Nova Iguaçu. Segundo o MPRJ, já foram apreendidos cinco carros, joias, celulares e mais de R$ 18 mil reais em espécie

Polícia e MPRJ fazem operação contra esquema de fraudes em cartões de crédito
Polícia e MPRJ fazem operação contra esquema de fraudes em cartões de crédito -
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam uma operação, na manhã desta segunda-feira, contra um esquema de fraudes com cartões de crédito roubados. Na ação, agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a uma organização criminosa no Rio, São Gonçalo, na Região Metropolitana e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O prejuízo causado pela quadrilha pode chegar a R$ 2 milhões.
Foram apreendidos cinco veículos - no valor total superior a R$ 1,4 milhão -, joias, celulares, máquinas de cartão, computadores, além de um televisor lacrado, relógios, bolsas de grife, roupas diversas e R$ 18,5 mil em espécie.
Segundo a polícia, os fraudadores iam às lojas e compravam itens de baixo valor, com o objetivo de obter informações como o nome da loja, o CNPJ do lugar e a "marca" da máquina do cartão. Logo após, um dos integrantes da quadrilhava ligava para a operadora de cartões e se passava pelo dono da loja e habilitava a função "compra por digitação" para as máquinas, assim a inserção do cartão pode ser dispensada.

Depois da habilitação, os criminosos voltavam à loja que eles tinham habilitado a função para os pagamento e com dados roubados de vítimas e um cartão qualquer, a quadrilha despistava os caixas na hora do pagamento e digitava os números interceptados, sem passar o cartão na máquina.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP), as investigações sobre a quadrilha começaram logo após a prisão de uma pessoa, detida pela prática de estelionato. O homem relatou como aplicava os golpes e revelou que usava numerais de cartões em máquinas nas quais não era necessária a apresentação dos cartões. Assim, ele realizava compras digitando apenas os números, obtidos de forma fraudulenta, que eram fornecidos por uma pessoa conhecida como "Dom Ratão".

Ainda segundo o MP, 15 estabelecimentos foram lesados por conta do golpe, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 390 mil entre março a junho de 2020.  "Foram identificados 15 estabelecimentos nos quais a chamada venda digitada foi habilitada, sem o conhecimento e consentimento dos proprietários e responsáveis legais", informou o órgão.

Alguns suspeitos de integrarem a quadrilha foram identificados após aplicarem uma fraude em uma loja na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A partir da qualificação de um dos investigados, que cometeu a fraude na loja em abril de 2020, e da apuração de outras fraudes e realização de diligências policiais, foram identificadas outras pessoas que fazem parte da organização, havendo entre a maioria dos integrantes do grupo, vínculo familiar ou de parentesco.