Mais Lidas

Prefeitura derruba condomínio da milícia em Campo Grande

No local, o órgão apontou diversos risco ambientais no local como a supressão de Mata Atlântica, aterro de uma canaleta de drenagem d’água e movimentação de terra, sujeitos a deslizamentos

Os lotes vinham sendo negociados com valores a partir de R$ 40 mil.
Os lotes vinham sendo negociados com valores a partir de R$ 40 mil. -
Rio - Um condomínio feito pela milícia em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, próximo ao Parque Estadual da Pedra Branca, foi derrubado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio, nesta quinta-feira (13). O loteamento estava sendo construído sem nenhuma licença ou autorização do poder público, na encosta do Morro do Cabuçu, acesso ao Monte das Oliveiras. No local, o órgão apontou diversos risco ambientais no local como a supressão de Mata Atlântica, aterro de uma canaleta de drenagem d’água e movimentação de terra, sujeitos a deslizamentos.

De acordo com moradores nas áreas formais da Rua Fernão de Magalhães as intervenções irregulares na área começaram em 2019. A Secretaria de Meio Ambiente havia notificado os loteadores a demolirem imediatamente as estruturas do que seriam uma guarita e uma casa na época. Os lotes vinham sendo negociados com valores a partir de R$ 40 mil. A ação contou com apoio do 40º BPM (Campo Grande).

"Essa ocupação de áreas protegidas sem qualquer controle não será admitida. Mais uma vez, fazemos um alerta: não comprem imóveis, terrenos e casas sem documentação. Estamos enfrentando com firmeza essa indústria criminosa", afirmou o secretário Eduardo Cavaliere.

O Parque Estadual da Pedra Branca foi criado em 1974 para conservar a área verde. O local sofre pressão de 18 bairros, muitos dominados por traficantes de drogas ou milicianos. É considerado uma das maiores florestas urbanas do mundo, com 12.500 hectares de extensão. As construções ilegais tem impactado no desmatamento de vegetações nativas e no afastamento de animais típicos do bioma.