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Tensão em perícia

Tiroteio quase estraga reprodução de crime

Uma pessoa morreu e outra ficou ferida ontem durante uma incursão de policiais civis no Morro do Fubá, em Campinho, para realização da reprodução simulada da morte do adolescente Ray Pinto Faria, de 14 anos. O menino foi baleado em uma ação da Polícia Militar na comunidade, em fevereiro.

As informações foram divulgadas pela TV Globo. Até ontem não havia informações sobre a identificação das vítimas. Mesmo com o confronto, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fizeram a perícia e reconstituíram os últimos passos de Ray. A ação durou de 8h até meio-dia.

O procurador da Comissão de Direito Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rodrigo Mondego, que acompanhou a reprodução, disse que existem diferentes versões dadas pela PM e por testemunhas sobre a morte do menino. Ainda segundo ele, apenas um policial militar estava na reprodução, apesar de outros terem participado da ação em que Ray foi morto. Os outros agentes estariam de férias. O laudo da reconstituição deve sair em 30 dias. 

A PM informou na época que houve um tiroteio e depois os agentes acharam Ray baleado no chão. E que o garoto seria um dos suspeitos que atiraram neles. "Há uma testemunha que viu o Ray vivo em domínio dos policiais no local", afirmou Mondego. A família nega a versão da PM e diz que o adolescente estava sentado na porta de casa quando foi abordado e levado pelos militares.