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Preso bando do óleo pirata

Empresa lucrava R$ 1 milhão por mês vendendo lubrificantes batizados

Funcionários picaretas foram flagrados na hora em que cometiam o crime no depósito da firma
Funcionários picaretas foram flagrados na hora em que cometiam o crime no depósito da firma -

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) interditaram ontem uma empresa que receptava, adulterava e revendia óleos lubrificantes no Rio e em São Paulo, movimentando mais de R$ 1 milhão por mês. A primeira fase da operação Transoil aconteceu no bairro Vila Iracema, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Três pessoas foram presas em flagrante.

As investigações duraram sete meses e identificaram que o esquema funcionava a partir da receptação do material de origem ilegal em galões de 200 litros. Os criminosos encomendavam embalagens de empresas no Paraná e confeccionavam etiquetas iguais às dos produtos originais.

Antes de ser embalado, o material era misturado a corantes para apresentar aspecto de melhor qualidade e dificultar a percepção dos consumidores finais. Foi verificado também que os produtos eram vendidos sem notas fiscais, devido a sua origem ilegal.

Durante a ação, dois funcionários e o gerente da empresa foram presos. Eles estavam no local adulterando e produzindo as embalagens para recebimento do óleo que já estava armazenado. Eles e o dono do estabelecimento vão responder pelos crimes contra a relação de consumo, contra ordem econômica, receptação e associação criminosa.

Ainda de acordo com os policiais, também será realizada perícia para verificar a possibilidade de dano ao meio ambiente, já que os produtos eram armazenados e manipulados de maneira irregular.