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Tragédia que se repete

Pouco mais de 1 mês após catástrofe, Petrópolis sofre com temporal, que volta a causar mortes

Enxurradas destruíram passagens e arrastaram carros pelas ruas
Enxurradas destruíram passagens e arrastaram carros pelas ruas -

Petrópolis foi novamente castigada por enchentes entre domingo e ontem, pouco mais de um mês depois da tragédia que deixou 233 mortos, em 15 de fevereiro. A prefeitura decretou estado de crise por conta da previsão de novas pancadas de chuva, que podem provocar novos deslizamentos de terra. Até o fechamento desta edição, havia cinco mortos e três desaparecidos.

Segundo boletim da Defesa Civil Municipal, a cidade da Região Serrana registrou 490 milímetros de chuva em menos de 24 horas. O painel pluviométrico do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais apontou que a região com maior incidência de chuva foi o bairro São Sebastião, com 534mm de chuva entre domingo e ontem. No Quitandinha, onde carros foram arrastados, foram 286mm. 

A Defesa Civil atendeu, até 11h45 de ontem, 126 ocorrências, sendo 107 por queda de terra em encostas. O órgão pede que os moradores saiam de suas casas e se dirijam até um dos 19 pontos de acolhimento em caso de chuva forte. A maior parte dos abrigos fica em escolas públicas.

Dos cinco mortos, dois foram encontrados no Morro da Oficina, no Alto da Serra, área mais afetada no temporal de fevereiro. Outras duas vítimas fatais estavam na Rua Washington Luiz, onde uma pessoa foi resgatada viva; a quinta morte foi na Rua Pinto Ferreira, no Bairro Valparaíso.

Na manhã de ontem, o cenário em diversos pontos era de destruição. Carros foram arrastados. Comerciantes, que já estavam se reerguendo, voltaram a ter prejuízos.