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'Executaram meu filho'

Mãe afirma que jovem morto pela PM não tinha envolvimento com o tráfico

Avô e mãe de Jonathan (detalhe) estavam desolados no Instituto Médico Legal
Avô e mãe de Jonathan (detalhe) estavam desolados no Instituto Médico Legal -

A mãe de Jonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, morto na noite de segunda-feira no Jacarezinho, afirmou ontem que estão tentando manchar a imagem do filho. A Polícia Militar informou que ele foi encontrado com drogas e uma réplica de pistola, no entanto, a família acusa os PMs de forjarem o flagrante. A Corregedoria da PM investiga e a Polícia Civil já recolheu a arma de um agente.

"O Jonathan era um menino exemplar, criado por mim, minha mãe e meu pai. Meu filho não tinha envolvimento com nada e estão querendo sujar a imagem do meu menino. Ele foi largado no chão com um tiro e ninguém deu socorro a ele, a não ser a comunidade. Não teve tiroteio, não teve nada, só executaram meu filho", acusou a mãe, Monique.

O mecânico e auxiliar de serviços gerais Carlos Roberto dos Santos, 60, foi categórico ao dizer que o neto não tinha envolvimento com crime e estava prestes a se alistar no Exército: "Quando morre um policial, todo mundo sofre porque eles têm mãe e família. Vocês têm que ver o que eles fazem na comunidade".

O advogado que representa a família de Jonathan, Joel Luís Costa, disse que vai pedir que o Ministério Público acompanhe o caso. O corpo do rapaz será enterrado hoje no Cemitério de Inhaúma. Jonathan foi baleado no peito, sendo socorrido por moradores em uma motocicleta.