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Operação do MP e da Draco mira policiais ligados a miliciano

Mandados de prisão são contra seis agentes penais; dois tenentes da PM; um sargento; e dois milicianos. Delegada da Polícia Civil é alvo de busca e apreensão. Pelo menos seis pessoas já foram presas

Preso em operação chega à Cidade da Polícia
Preso em operação chega à Cidade da Polícia -
 Rio - Uma ação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) identificou uma rede de servidores públicos ligados ao miliciano Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça ou PQD.  Nesta sexta-feira, dia 20, as equipes visam cumprir 11 mandados de prisão. Entre os alvos, além de Garça, há um tenente, um capitão e um sargento PM; além de seis policiais penais. Um miliciano, sem cargo público, também é procurado. Um mandado de busca e apreensão é realizado na casa de uma delegada, casada com um policial penal: o nome dele consta em um mandado de prisão preventiva. Pelo menos seis pessoas já foram presas até às 7h39. Um arsenal foi encontrado com um policial que recebia o miliciano Garça em casa.
 
 
As investigações tiveram início pela Draco em fevereiro do ano passado quando, em outra operação para tentar prender Garça, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, cinco celulares foram apreendidos. Após análise dos dados, com autorização judicial, conversas via aplicativo de mensagem entre os servidores e o criminoso foram identificadas. 
Garça, que está desaparecido desde junho do ano passado, supostamente tendo sido morto pelos próprios milicianos, dava presentes como blusas personalizadas, almoços e propinas; em troca, recebia segurança privada dos agentes e informações de bancos de dados sigilosos. 
Pelo menos duas consultas a placas de carros, solicitadas pelo miliciano a um policial penal, casado com uma delegada, foram feitas utilizando a senha da servidora. Ela não é alvo de mandado de prisão pois não há indícios de sua participação na quadrilha. 
Garça é ligado à quadrilha de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, a maior milícia estadual.