Geral

Policial estava vivo quando foi jogado no Rio Guandu, aponta perícia

Corpo de Renato Couto, 41 anos, foi encontrado na manhã desta segunda (16). Perícia encontrou água nos pulmões, indicando que a morte foi por afogamento

Por Bruna Fantti

Publicado em 16/05/2022 15:10:00 Atualizado em 16/05/2022 15:10:00
Sargento da Marinha, Bruno é acusado de ter atirado três vezes na vítima
Rio - A perícia preliminar no corpo de Renato Couto, 41, papislocopista morto por militares da Marinha, na sexta-feira (13) encontrou água nos pulmões do policial, o que indica que a morte foi por afogamento. Ou seja, o agente estava vivo ao ser atirado no Rio Guandu, após ser baleado três vezes. A informação foi confirmada pela reportagem com peritos do IML (Instituto Médico Legal), para onde o corpo foi levado. 
No documento da análise do corpo, o perito escreveu que Couto "teve ferimentos no abdômen e membros inferiores, com hemorragia; subsequente asfixia mecânica por afogamento; projétil de arma de fogo e afogamento".
Três militares da Marinha foram presos, na noite deste sábado, acusados da morte do papiloscopista. Eles foram identificados como sendo os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, além do cabo Daris Fidelis Motta. O pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima, também foi preso. Pai e filho eram donos do ferro-velho. Todos foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O crime ocorreu após o policial tentar recuperar peças metálicas furtadas da obra que construía para levantar uma casa para a família.
Em depoimento, o sargento Bruno disse não sabia se ele estava vivo ou morto ao ser atirado no rio, por uma mureta na altura de Japeri. 
 
  • Mais sobre: