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'Ele é um covarde, um monstro', diz irmã de mulher baleada e esfaqueada pelo ex-companheiro, em Brás de Pina

O filho de apenas 5 anos, que presenciou toda a agressão, foi deixado na delegacia pela avó paterna, na noite de quinta-feira (16)

Familiares de Natália acusam o ex-companheiro pelo crime
Familiares de Natália acusam o ex-companheiro pelo crime -
Rio - "Ele é um monstro covarde". É assim que a designer de unhas Laís Maria da Silva, de 26 anos, define o ex-cunhado, o mecânico Joilson Tavares do Carmo, acusado pela família de ter baleado e esfaqueado a dona de casa Nathalia Maria da Silva, de 28 anos, na última terça-feira (14). A jovem está internada, em estado grave, no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio.
Laís, irmã da vítima, afirma que, embora o quadro de saúde de Natália seja grave, a irmã está consciente e conseguiu falar que foi Joilson quem a agrediu: "Ela disse que ele fez isso tudo na frente do filho. Ofereceu carona e, no caminho, esfaqueou, bateu, jogou na rua e deu um tiro, ou seja, saiu de casa com o intuito de matar minha irmã, né? Que seja pego logo e apodreça na cadeia".
O filho do casal, um menino de apenas 5 anos, é autista. Após a agressão, seguiu no carro com o pai e, por dois dias, a família não soube do paradeiro dele. Na noite de quinta-feira (16), a criança foi levada pela avó paterna à 33ª DP (Realengo). "A Ivanir (mãe de Joilson) diz que não sabe de nada, não sabe onde o filho está, mas só pode ser mentira porque como é que, dois dias depois, ela levou o João na delegacia? Juntos eles estiveram, claro".
Laís conta ainda que Joilson não se conformava com o fato de Natália ter começado um namoro recente. "Eles foram casados sete anos e já estavam separados há pouco mais de um ano. Agora, tem coisa de um mês, minha irmã começou a namorar e ele ficou ainda mais agressivo. Ele é um monstro covarde. Ela se separou por isso, pela violência dele".
Procurada, a Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada na 33ª DP e que diligências estão em andamento para apurar os fatos. Agora, a expectativa da família é de que ele seja preso em breve. "A gente conhece ele há tanto tempo. Ele sempre foi agressivo, já bateu outras vezes na minha prima, mas dessa vez, ele passou de todos os limites. Ele queria matar a Natália. E fez tudo isso na frente de uma criança, gente, o que é isso, meus Deus do céu", disse o autônomo Dreison Bezerra dos Santos, de 39 anos, primo de Natália.
Segundo Laís, o menino João parece estar em estado de choque. Ele, que tem um quadro grave de autismo, pouco fala e se comunica com certa dificuldade. No momento em que ela e a mãe foram à delegacia buscá-lo, João a abraçou e o corpo estava todo trêmulo: "Ele me agarrou na altura da barriga e só perguntava: ‘Mamãe morreu, mamãe morreu?’. Eu tentei acalmá-lo e disse que ela estava bem. Ele é caladão, não falou mais nada. É muito triste toda essa tragédia", lamenta Laís.
Além de João, de 5 anos, Natália é mãe de outras duas crianças, fruto de um antigo relacionamento: Luiz Henrique, de 11 anos, e Yasmim, de 10. "Esse monstro fez isso. Deixou três crianças em casa, chorando, apavoradas e com saudades da mãe", desabafa a irmã.
Familiares de Natália acusam o ex-companheiro pelo crime Foto: Reprodução da internet
Natália está internada em estado grave Foto: Reprodução da internet