Rio - Moradores do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, retiraram pelo menos sete corpos de pessoas baleadas no interior da comunidade, no início da tarde desta quinta-feira. A Polícia Militar confirmou, até o momento, três suspeitos mortos durante a operação, mas não informou se esses corpos foram recolhidos pela própria corporação ou se ficaram na área de confronto. Há ainda outros dois mortos já identificados, são eles: o cabo da PM Bruno de Paula Costa, de 38 anos, e Letícia Marinho do Sales, de 50 anos, baleada no peito quando saía da comunidade.
Por volta das 12h, a equipe do DIA flagrou um caminhão de frete removendo três corpos na entrada da Rua Joaquim de Queiroz e os levando para a UPA do Alemão. Às 13h, um carro de passeio e uma kombi também foram flagrados pela equipe do jornal saindo da comunidade com outros quatro corpos, todos enrolados em lençóis e com marcas de sangue. Já o jornal comunitário Voz das Comunidades está no interior do complexo e informou que são mais de dez mortos.
O DIA voltou a questionar a PM sobre o número atualizado de mortos, mas ainda não teve resposta. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) também não informou quantos baleados e mortos, vindos da comunidade, deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
O clima na região ainda é de tensão e moradores seguem encurralados em suas casas desde às 5h desta quinta-feira. De acordo com relatos, algumas famílias tiveram suas casas invadidas pelos policiais durante a ação. Dentro dos imóveis, os PMs teriam agido com truculência, revirando tudo, roubando pertences e agredindo quem vivia no local. Pela manhã, pessoas dentro de suas casas sacudiram panos brancos em pedido de paz. Veja o vídeo:
Moradores com panos branco na mão pedem paz no Complexo do Alemão. pic.twitter.com/ACrTHrJpvr
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) July 21, 2022
A Estrada do Itararé, principal via de acesso ao Complexo do Alemão, segue fechada.
O que diz a PM
A Secretaria de Estado de Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Polícia Civil informaram que estão atuando conjuntamente no Complexo do Alemão, nesta quinta-feira (21). Cerca de 400 policiais estão empregados nesta operação, sendo usados quatro aeronaves e 10 veículos blindados.
Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil participam da operação. Também no contexto desta operação, policiais militares do 3ºBPM (Méier), do 41ºBPM (Irajá) e de outros batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área (Zonas Norte e Oeste da cidade do Rio de Janeiro) estão atuando nas comunidades Juramento e Juramentinho.
Durante a ação, segundo a corporação, as equipes policiais foram atacadas por tiros em diferentes pontos do Complexo do Alemão. Três indivíduos foram encontrados mortos e houve apreensão de uma metralhadora .50 (capaz de derrubar helicóptero), quatro fuzis e duas pistolas. Na comunidade Favela da Galinha, próximo do Alemão, quatro indivíduos em fuga foram alcançados e detidos.
Uma mulher ferida por disparo de arma de fogo deu entrada na UPA Alemão e a UPP local foi informada. A investigação do caso está a cargo da Polícia Civil. "A Polícia Militar acompanha e colabora integralmente com todos os procedimentos", disse a PM em nota.
Nas comunidades Fazendinha e Nova Brasília, as bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) locais foram atacadas por criminosos, que também derramaram óleo em via pública e atearam fogo em objetos. O Cabo Bruno de Paula Costa estava trabalhando e ficou ferido quando a base da UPP Nova Brasília foi atacada por criminosos em retaliação à operação. Ele foi socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, no entanto, não resistiu ao ferimento e morreu.
As informações dos setores de inteligência das unidades citadas apontam a presença de criminosos da região do Complexo do Alemão praticando roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna.
Esse grupo criminoso estaria praticando roubos a bancos como aqueles que ocorreram no município de Quatis, em Niterói e na Baixada Fluminense, e roubos de carga, além de planejar tentativas de invasão a outras comunidades. Entre os roubos de carga realizados pelos criminosos constam roubos de óleo diesel para derramar em ladeiras quando estivessem ocorrendo operações visando dificultar o avanço de guarnições policiais.
Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil participam da operação. Também no contexto desta operação, policiais militares do 3ºBPM (Méier), do 41ºBPM (Irajá) e de outros batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área (Zonas Norte e Oeste da cidade do Rio de Janeiro) estão atuando nas comunidades Juramento e Juramentinho.
Durante a ação, segundo a corporação, as equipes policiais foram atacadas por tiros em diferentes pontos do Complexo do Alemão. Três indivíduos foram encontrados mortos e houve apreensão de uma metralhadora .50 (capaz de derrubar helicóptero), quatro fuzis e duas pistolas. Na comunidade Favela da Galinha, próximo do Alemão, quatro indivíduos em fuga foram alcançados e detidos.
Uma mulher ferida por disparo de arma de fogo deu entrada na UPA Alemão e a UPP local foi informada. A investigação do caso está a cargo da Polícia Civil. "A Polícia Militar acompanha e colabora integralmente com todos os procedimentos", disse a PM em nota.
Nas comunidades Fazendinha e Nova Brasília, as bases das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) locais foram atacadas por criminosos, que também derramaram óleo em via pública e atearam fogo em objetos. O Cabo Bruno de Paula Costa estava trabalhando e ficou ferido quando a base da UPP Nova Brasília foi atacada por criminosos em retaliação à operação. Ele foi socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, no entanto, não resistiu ao ferimento e morreu.
As informações dos setores de inteligência das unidades citadas apontam a presença de criminosos da região do Complexo do Alemão praticando roubos de veículos principalmente nas áreas dos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna.
Esse grupo criminoso estaria praticando roubos a bancos como aqueles que ocorreram no município de Quatis, em Niterói e na Baixada Fluminense, e roubos de carga, além de planejar tentativas de invasão a outras comunidades. Entre os roubos de carga realizados pelos criminosos constam roubos de óleo diesel para derramar em ladeiras quando estivessem ocorrendo operações visando dificultar o avanço de guarnições policiais.