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Mulher enterrada no quintal

Homem confessa que matou a esposa, esquartejou o corpo e ocultou dentro da casa deles, em Nova Iguaçu

Por BRENDA SÃO PAIO E THALITA QUEIROZ

Publicado em 14/07/2022 00:00:00 Atualizado em 14/07/2022 00:00:00
Peritos analisam local onde restos mortais de Cláudia Gonçalves foram encontrados

Parentes da cuidadora de idosos Cláudia Gonçalves de Moura, 51 anos, estiveram ontem no IML de Nova Iguaçu para reconhecer o corpo. Ela sumiu na segunda-feira e foi encontrada esquartejada e enterrada no quintal de casa, onde vivia com o marido, José Carlos Martins Esperidião, autor confesso do crime.

"Eu já esperava encontrá-la, pelo menos, machucada, ou que estivesse amarrada em algum lugar, mas conforme foram passando os dias e os fatos se estreitando mais para o lado dele, a gente já desconfiava que ele tinha matado a minha mãe. Mas da forma que ele matou, foi cruel. Saber que ele esquartejou minha mãe foi bem cruel", desabafou Wesley Apolinário.

O filho alertou que Cláudia não é a primeira mulher de José Carlos a desaparecer. "Inclusive, a primeira mulher dele também está desaparecida até hoje. Com certeza ela foi mais uma vítima porque ninguém some assim, do nada".

Pedro Antônio, ex-marido da vítima, disse, sobre o que viu dentro da casa, que não havia vestígio de luta corporal, como alegou o assassino. "Ele pensou em todos os detalhes. Estamos falando de um psicopata, aquilo ali é coisa que eu nunca tinha visto. A casa estava intacta. Ele teve o cuidado de organizar tudo, peça por peça", disse.

José Carlos foi preso acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em depoimento, disse que descobriu um relacionamento extraconjugal da mulher e os dois discutiram. Esperidião disse ainda que Cláudia o teria ameaçado com uma faca, primeiramente. Os dois entraram em luta corporal e ele, ao perceber que ela já estava morta, "resolveu cortá-la em pedaços, pois o corpo não caberia no pequeno espaço que tinha para enterrar no quintal".

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