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Filipe Ret é autuado por posse de maconha para uso pessoal

Cantor, alvo de uma operação da Polícia Civil, ficou em silêncio durante depoimento na Cidade da Polícia

Por Pedro Medeiros

Publicado em 19/07/2022 15:25:14 Atualizado em 19/07/2022 15:25:14
Na companhia de seu advogado, Filipe Ret deixa a Cidade da Polícia
Rio - Após ser alvo de uma investigação de agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ), na manhã desta terça-feira (19), em Angra dos Reis, o rapper Filipe Ret deixou a Cidade da Polícia à tarde após assinar termo circunstanciado por ser autuado por posse de maconha para uso pessoal - ele vai responder em liberdade. Os mandados de busca e apreensão foram executados em endereços do cantor: um estúdio, na casa de seus pais e de uma pessoa próxima. A polícia não divulgou a quantidade de droga encontrada.
Ao chegar à Cidade da Polícia, Ret desconversou falando a repórteres sobre sua agenda de shows e sobre o lançamento de um single. Ele nada disse sobre a investigação.
De acordo com delegado Marcus Amim, titular da DRE, Filipe se reservou ao direito de permanecer em silêncio durante todo o depoimento. Na sequência, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. O artista foi autuado por porte de drogas por ser flagrado com substâncias ilícitas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Um dos endereços que receberam a visita dos policiais civis foi a casa dele, em um prédio no Flamengo. O apartamento teve de ser aberto por um chaveiro, pois estava vazio. Na residência, a equipe apreendeu maconha e material para enrolar cigarros.
O cantor estava hospedado em um resort em Angra dos Reis, Costa Verde do estado, quando os policiais chegaram. No quarto havia maconha e papel de seda para a confecção dos cigarros.
O inquérito foi instaurado para investigar o rapper pelo crime de tráfico de drogas quando as imagens da festa viralizaram no Instagram. O crime de tráfico de drogas está previsto no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006, que descreve diversas condutas que caracterizam o ilícito, proibindo qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas sem autorização ou em desconformidade com a legislação pertinente.
Um dos mandados, expedido pela juíza Simone de Faria Ferraz, em exercício na 23ª Vara Criminal, determinou que fossem recolhidos equipamentos eletrônicos, como computadores e HDs, do Vivo Rio, casa de show onde ocorreu a festa de aniversário do cantor, dia 23 de junho. Em imagens postadas nas redes sociais pelo próprio artista, ele segura um balde com o que parecem ser cigarros da maconha dentro, prontos para consumo. Por esse fato, a festa foi intitulada como "Open Beck" ou "Maconha Liberada".
Em contato com o DIA, o delegado Amin afirmou que teve dificuldade para obter a filmagem interna da festa já que a administração da casa de show se negou a cedê-las, apesar de reiterados pedidos, sendo necessário o mandado para a coleta dos vídeos. "Essas imagens são de extrema importância para nós. Agora, a partir de todo material arrecadado, daremos prosseguimento às investigações para responsabilizar todos os envolvidos", disse.
Em nota, o Vivo Rio afirma que colaborou e continua colaborando com todo o processo de investigação para este caso. As imagens do circuito interno de segurança da casa de espetáculos foram cedidas assim que foram solicitadas. E reitera a sua integridade e ética diante das informações solicitadas pelas autoridades envolvidas.
Procurada, a assessoria do cantor disse que se posicionará em breve.