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MPF ouve cinco pessoas em investigação da operação policial que deixou 23 mortos na Vila Cruzeiro

Duas mulheres foram ouvidas nesta segunda-feira e três agentes da PRF serão ouvidos na terça

Megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, contou com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal
Megaoperação na Vila Cruzeiro, na Penha, contou com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal -
Rio - O Ministério Público Federal (MPF) vai ouvir, nesta semana, cinco pessoas na investigação que apura a operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. A ação foi realizada em maio deste ano e resultou na morte de 23 pessoas.
A investigação apura a conduta, possíveis violações de dispositivos legais, as participações e responsabilidades de agentes federais durante a operação conjunta do Bope, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Nesta segunda-feira (15), o procurador da República Eduardo Benones recolheu o depoimento de duas mulheres, na condição de vítimas. Já na terça-feira, três policiais rodoviários federais serão ouvidos na sede da Procuradoria da República do Rio de Janeiro.
"O caso está sendo investigado também sob a ótica de possível violação de direitos humanos durante a operação na Vila Cruzeiro. Destaca-se que o MP investiga fatos e não pessoas. Por isto, antes de mais nada a investigação criminal procura estabelecer como os fatos se deram. Em que ordem e como as coisas aconteceram. No decorrer das investigações, as responsabilizações vão ocorrendo naturalmente. Não se pode afirmar dolo ou legítima defesa antes de concluir as investigações”, comentou o procurador Eduardo Benones.
De acordo com uma resolução de agosto de 2017, o membro do Ministério Público que preside o procedimento investigatório criminal esclarecerá a vítima sobre seus direitos materiais e processuais, devendo tomar todas as medidas necessárias para a preservação dos seus direitos, a reparação dos eventuais danos por ela sofridos e a preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem.