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Polícia apura caso de agressão de morador contra síndica de condomínio de luxo na Barra

Câmera de segurança dentro de academia no prédio flagrou tapa que atingiu rosto da vítima. Acusado é alvo de medida protetiva

Por O Dia

Publicado em 03/09/2022 12:56:00 Atualizado em 03/09/2022 22:52:32
Homem dá tapa no rosto de síndica em condomínio na Barra da Tijuca
Rio - A Polícia Civil investiga caso de agressão de um homem contra a síndica de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ataque do agressor contra a vítima, identificada como Dayse de Souza Ribeiro, de 56 anos, foi flagrado por uma câmera de segurança. O caso aconteceu na última terça-feira (30).

O acusado é Amadeu Ribeiro de Souza Neto, e é ele que aparece na imagem da câmera de segurança acertando um tapa forte no rosto de Dayse. A agressão acontece dentro da academia de um dos blocos do condomínio de luxo. No registro, é possível ver que a vítima chega a ser arremessada no chão com a força do golpe desferido pelo agressor. Ela mexia no celular, sentada em uma cadeira, quando foi atingida pelo tapa.


Segundo relato da vítima, a agressão teria sido motivada por uma proibição no uso da academia, que estaria passando por pintura naquele momento. O reparo teria sido avisado a todos os moradores do condomínio, mas o acusado insistiu em usar o espaço.
Antes da agressão, o morador teria se negado a sair do espaço, que havia permanecido fechado ao longo do dia para o reparo. Com a permanência, a síndica teria desligado as luzes do local e insistido que ele saísse. Na sequência, ele sai do local, mas volta e atinge Dayse com um tapa. A pancada chega a fazer com que a síndica corte o lábio. 

"O caso foi registrado como lesão corporal, então vamos pedir uma medida protetiva contra o agressor ao juiz criminal. Na parte civil, os condôminos, que já tinham uma assembleia marcada para o dia seguinte a agressão, votaram e decidiram pela expulsão desse morador. Vamos distribuir uma ação judicial pedindo a expulsão dele por ele ser antissocial, por representar risco para as outras pessoas", disse o advogado da vítima, Daniel Blanck.

"Após o ocorrido, a síndica chamou pelo 190 e, na chegada da viatura, o agressor já havia se evadido do local, evitando assim o flagrante", explicou o advogado.

Ainda segundo ele, uma possível expulsão do morador do condomínio não tira o imóvel do mesmo, mas impede que ele resida no local. Antes da agressão da última terça-feira, o comportamento do morador já havia sido alvo de três registros de ocorrência por parte da síndica, que teria ouvido de Amadeu diversos xingamentos. O ato que, segundo a defesa da vítima, configuram "crime contra a honra".
O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), que busca testemunhas para serem ouvidas e realiza diligências para solucionar o caso.