Geral
Parada LGBTIAP+ toma conta da orla da praia de Copacabana
Evento ocorre para celebrar as conquistas e promover uma manifestação contra a violência contra a comunidade, visto que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTI+ no mundo
Por Matheus Ruas
Publicado em 27/11/2022 15:14:00 Atualizado em 27/11/2022 18:47:07Rio - Com o tema "Coragem para ser feliz", a 27ª edição da Parada do Orgulho LGBTIAP+ reuniu, após dois anos acontecendo virtualmente, cerca de 700 mil pessoas da comunidade e simpatizantes para celebrar as conquistas e promover uma manifestação contra a violência na orla da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, visto que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIAP (lésbicas, gays, bissexuais, queers, transexuais/travestis, intersexo, assexuais, poli+) no mundo. A parada foi organizada pela ONG Grupo Arco-Íris, e contou com 10 trios elétricos, sendo 8 delas destinadas a alas temáticas que reforçam a importância da preservação da Amazônia e o Meio Ambiente, homenagem às vítimas da covid-19 e famílias de pessoas LGBTQIAP+ e o respeito no meio esportivo.
Para o presidente do Grupo Arco-Íris e Coordenador Geral da Parada do Orgulho LGBTI+ Rio 2022, Cláudio Nascimento, o evento é de reconhecimento, devido o aumento do discurso de ódio em parte da sociedade contra a comunidade LGBT.
"Essa é a parada do renascimento após um período de dor e perdas em razão da covid-19 e, especialmente, pelo aumento do discurso de ódio em parte da sociedade contra nossa comunidade LGBTI+. Do nosso renascimento como cidadãos de direitos. Sabemos que retomar o caminho para o respeito às nossas identidades exigirá coragem para romper com os últimos anos de conservadorismo e com a tentativa de fazer o ódio imperar. Somos sempre pelo afeto e pelo diálogo. Porque, no final, o amor venceu e sempre vencerá”, afirmou Cláudio.
Para Carlos Tufvesson, da Coordenadoria Executiva de Diversidade Sexual (CEDS), esta edição é especialmente importante, e marca uma retomada de ações importantes para pessoas LGBTQIAP+. "Este ano conseguimos já retomar a nossa campanha de prevenção durante o Carnaval e, ao longo do ano, viemos desenvolvendo vários projetos, como cursos profissionalizantes através de parcerias, formação educacional com a Secretaria de Educação, campanhas de combate ao preconceito, dentre outras ações".
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais se declaram lésbicas, gays ou bissexuais.
Entre os meses janeiro e junho deste ano, o Brasil já registrou 135 mortes de pessoas LGBT+, segundo a pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB). Apesar do número apresentar uma queda, em comparação ao mesmo período do ano passado, onde foram registradas 168 mortes, o país segue sendo conhecido como o país que mais mata pessoas da comunidade.
A marcha visa aliar festa e exaltação às liberdades individuais à conscientização para um país livre da LGBTIfobia e com justiça social. Nesse sentido, reunirá diferentes grupos discriminados, dentre elas, pessoas LGBTI+, negras, mulheres, povos originários e outros, com o objetivo de reforçar que a luta por um Brasil igualitário e de todos nós. Neste ano a parada contará com a retomada do patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Para demarcar as reivindicações da comunidade LGBTI+, durante a parada, a carta Por Um Brasil sem LGBTIfobia, para o futuro presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com propostas de políticas públicas nos campos da segurança, saúde, educação, trabalho e renda, cultura, esporte e lazer, turismo, assistência social e direitos humanos.
A Parada do Orgulho LGBTI Rio é organizada há 27 anos pela ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT e leva para as ruas pessoas que lutam por direitos iguais, que combatem a intolerância, o preconceito e o ódio, dando voz às pessoas que por tantos anos viveram e vivem à margem da sociedade, mostrando que o mundo está avançando para um lugar que respeita a diversidade e que todos têm o direito de amar quem quiser. Ela é considerada o terceiro maior evento da cidade e leva centenas de milhares de pessoas para a mais famosa praia do mundo. A Parada é sinônimo de vanguarda. Foi a primeira do Brasil e desde então cumpre papel importante na luta pela igualdade de direitos para a população LGBTI no país.
Parada
A orla de Copacabana foi preenchida com a nova bandeira do movimento, inédita no país. Com 124 metros, ela traz também as cores que representam a luta antirracista, a bandeira do movimento trans e de pessoas intersexo. Além da bandeira, adentrando ao clima de copa do mundo, a CBF, uma das patrocinadoras da Parada, levará uma camisa gigante da seleção brasileira, com dez metros de comprimento com o número 24 estampado na camisa amarela e uma faixa de capitão nas cores do arco-íris em uma das mangas.
Este ano, a parada contou com o apoio das secretarias garantir a infraestrutura no local. Distribuindo preservativos, informativos e promover campanhas de combate à discriminação e de prevenção à transmissão de Infeções sexualmente transmissíveis (ISTs). Durante o evento, o público teve o perfil traçado pela Riotur, em parceria com a Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (CEDs), depois de 6 anos sem um levantamento do tipo. Uma equipe formada por 20 pesquisadores e um supervisor esteve na área de concentração do evento, no Posto 5, para a realização de 500 entrevistas.
A Coordenadoria de Diversidade Sexual (CEDS) esteve no local com uma tenda na Praia de Copacabana prestando atendimento e esclarecimentos sobre assuntos relacionados ao tema, que podem ir desde orientações sobre atendimento jurídico e psicossocial até distribuição de informativos sobre campanhas de combate à discriminação. Já a Secretaria de Saúde (SMS) forneceu informação sobre PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e distribuirá preservativos, além de materiais, alertando sobre os riscos do tabagismo e infecções sexualmente transmissíveis.
A operação especial da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) contou com emprego de 392 agentes, sendo 334 guardas municipais e 58 fiscais da secretaria. As equipes atuaram no ordenamento urbano e do trânsito, visando promover um ambiente seguro para a manifestação.
Já a Polícia Militar elaborou um planejamento de segurança pública especial. Além da Operação Verão, que reforça o policiamento na orla carioca e cidades litorâneas do estado, cerca de 500 policiais militares foram mobilizados para atuar antes, durante e depois da parada. O patrulhamento da orla, contou com apoio de aeronaves do Grupamento Aeromóvel (GAM), equipadas com imageador térmico para transmissão de imagens em tempo real para a central de comando.
A orla de Copacabana foi preenchida com a nova bandeira do movimento, inédita no país. Com 124 metros, ela traz também as cores que representam a luta antirracista, a bandeira do movimento trans e de pessoas intersexo. Além da bandeira, adentrando ao clima de copa do mundo, a CBF, uma das patrocinadoras da Parada, levará uma camisa gigante da seleção brasileira, com dez metros de comprimento com o número 24 estampado na camisa amarela e uma faixa de capitão nas cores do arco-íris em uma das mangas.
Este ano, a parada contou com o apoio das secretarias garantir a infraestrutura no local. Distribuindo preservativos, informativos e promover campanhas de combate à discriminação e de prevenção à transmissão de Infeções sexualmente transmissíveis (ISTs). Durante o evento, o público teve o perfil traçado pela Riotur, em parceria com a Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (CEDs), depois de 6 anos sem um levantamento do tipo. Uma equipe formada por 20 pesquisadores e um supervisor esteve na área de concentração do evento, no Posto 5, para a realização de 500 entrevistas.
A Coordenadoria de Diversidade Sexual (CEDS) esteve no local com uma tenda na Praia de Copacabana prestando atendimento e esclarecimentos sobre assuntos relacionados ao tema, que podem ir desde orientações sobre atendimento jurídico e psicossocial até distribuição de informativos sobre campanhas de combate à discriminação. Já a Secretaria de Saúde (SMS) forneceu informação sobre PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e distribuirá preservativos, além de materiais, alertando sobre os riscos do tabagismo e infecções sexualmente transmissíveis.
A operação especial da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) contou com emprego de 392 agentes, sendo 334 guardas municipais e 58 fiscais da secretaria. As equipes atuaram no ordenamento urbano e do trânsito, visando promover um ambiente seguro para a manifestação.
Já a Polícia Militar elaborou um planejamento de segurança pública especial. Além da Operação Verão, que reforça o policiamento na orla carioca e cidades litorâneas do estado, cerca de 500 policiais militares foram mobilizados para atuar antes, durante e depois da parada. O patrulhamento da orla, contou com apoio de aeronaves do Grupamento Aeromóvel (GAM), equipadas com imageador térmico para transmissão de imagens em tempo real para a central de comando.