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Praça Seca tem momentos de tensão após morte de policial do Bope

Na região há uma nova operação com a presença de helicóptero da Polícia Militar sobrevoando a área, além de muitas viaturas nos acessos a comunidade

Por O Dia

Publicado em 07/12/2022 09:32:00 Atualizado em 07/12/2022 18:48:42
Helicóptero da PM sobrevoa a região da Praça Seca nesta quarta-feira
Rio - Moradores do Bateau Mouche, no bairro da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, vivem momentos de tensão desde o início da manhã nesta quarta-feira (7). Pelo segundo dia seguido, a região foi alvo de operação da Polícia Militar. O novo dia da ação, que não resultou em prisões ou apreensões, aconteceu cerca 24 horas após a morte do sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Ângelo Rodrigues de Azevedo. O PM foi baleado na cabeça, durante ação na comunidade. 
A ação contou com a participação de blindados e com o sobrevoo do helicóptero da Polícia Militar. Os acessos da comunidade também foram ocupados por viaturas. Na Rua Cândido Benício, por exemplo, que da acesso ao Bateau Mouche, ao longo do dia, circularam várias viaturas do Bope. A movimentação começou logo no início do dia.
De acordo com a PM, militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) atuaram na área de mata do Campinho e da Praça Seca para coibir a circulação de criminosos na região.
"A Praça Seca tá uma loucura, com helicópteros e 'polícias' pra tudo quanto é lado! Tô passando mal de desespero já", desabafou um morador. "Começou o tiroteio aqui. Deve ser operação da PM pelo assassinato do Sgt do BOPE ontem na Praça Seca", comentou outro. "Helicóptero sobrevoando a região da Praça Seca. Que Deus proteja as pessoas de bem", pediu mais um. "E pensar que a Praça Seca já foi a "Zona Sul" de Jacarepaguá. Hoje tenho medo de passar até durante o dia", lamentou um internauta. 
Na noite desta terça-feira (6), após a operação, moradores fizeram um protesto e atearam fogo em entulhos na Rua Cândido Benício, que chegou a ficar interditada, na altura da estação do BRT do Ipase. Segundo relatos, além do policial militar, um suspeito teria morrido na ação. De acordo com uma publicação, a manifestação foi ordenada por traficantes, que teriam mandado os residentes descerem da comunidade para "implantar o caos" na região. 
As comunidades Sapinho e Paraopeba, em Duque de Caxias, na Baixada, também são alvos de operação. Até o momento, não há informação sobre prisões, apreensões ou feridos.