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Corpo de adolescente morto no Recreio é sepultado: 'Perda irreparável'

Arthur Moreira Gonçalves, de 13 anos, foi atingido por um tiro no pescoço, dentro de casa

Por O Dia

Publicado às 07/05/2023 14:37:00 Atualizado às 07/05/2023 14:37:00
Mãe do adolescente Arthur Moreira Gonçalves, de 13 anos, esteve muito abalada durante todo o sepultamento
Rio - O corpo de Arthur Moreira Gonçalves, de 13 anos, foi sepultado na tarde deste domingo (7), no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap. O adolescente morreu na última sexta-feira (5), depois de ser atingido por um tiro no pescoço, dentro de casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A despedida, que começou às 8h, foi marcada pela comoção de dezenas de familiares e amigos, que soltaram balões brancos para homenagear o jovem.
A mãe do adolescente esteve muito abalada durante todo o sepultamento e o pai acompanhou o cortejo sobre o skate do filho. Amigos do jovem também levaram os seus, como forma de homenagear a vítima, que era considerada uma promessa do esporte. Eles ainda vestiam camisas com a frase "Eu sou brabo! Arthur Moreira para sempre!". Para o professor André Fernandes, a quantidade de pessoas que estiveram na despedida demonstra como ele era querido por quem o conhecia.
"Um menino brilhante, um menino com um futuro promissor, um menino esforçado em tudo o que fazia, intrépido, destemido, carismático, querido por onde passava. É uma perda inexplicável, uma perda irreparável, não dá para aceitar isso, não tem como. Todavia, não nos cabe questionar os porquês. Aos que creem, tão somente nos basta sustentar a fé, porque nossa esperança é na ressurreição. Era nisso que o Arthur acreditava, é nisso que nós acreditamos. Se fizerem uma panoramica, vocês vão ver quem era o Arthur. O Arthur era o menino que cativou todos os corações presentes aqui", declarou.
No ano passado, o adolescente ficou em terceiro lugar no campeonato organizado pela Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana, o "1º Horto Street Art" e, segundo os pais, ele tinha o sonho de ser paraquedista, como os irmãos mais velhos e o pai. Arthur morreu dentro de casa, na Rua Carlota Macedo Soares, por volta das 12h30, quando tinha acabado de voltar da escola. O jovem chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu.
Inicialmente, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acreditava que o menino poderia ter sido vítima de bala perdida, entretanto, nas redes sociais, moradores da região disseram não ter ouvido tiroteio e a Polícia Militar também informou que não realizou ação na comunidade do Terreirão na ocasião. As investigações apontaram que o tiro que matou o adolescente foi acidental, depois que ele acendeu um projétil, usando um isqueiro, que teria explodido e atingido seu pescoço. O estojo da bala, o acendedor e um papel queimado foram encontrados em seu quarto. Agora, a especializada apura o motivo de Arthur ter munição. 
 
 

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