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'Dayana não se matou', diz primo

Perícia não vê indícios de que bombeira tenha sido morta pelo marido em Bangu

Por THALITA QUEIROZ *

Publicado às 10/05/2023 00:00:00 Atualizado às 10/05/2023 00:00:00
Enterro da subtenente dos Bombeiros Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio

Familiares, amigos e colegas de trabalho de Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, se despediram da bombeira na tarde de ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste. A subtenente morreu com um tiro no rosto, na madrugada de segunda-feira (8), durante uma discussão com o marido, o cabo da Polícia Militar Luiz Felipe Perozini Cardoso, de 31 anos, na casa do casal em Bangu, Zona Oeste do Rio. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga as circunstâncias da morte.

Durante o velório da bombeira, o primo dela, Alan Tenório, de 42 anos, disse não acreditar na versão que ela tenha atirado contra o próprio rosto. Considerada uma pessoa intensa, alegre e com desejo de viver a vida, Dayana colecionava momentos felizes ao lado dos amigos e família.

"Estamos aguardando as investigações e, no momento, o que a gente tem para dizer é que é impossível Dayana ter atirado contra o próprio rosto, Dayana não se matou", disse Alan.

O primo contou que a morte da prima pegou todos de surpresa, já que ela não estava doente e nem havia sofrido nenhum acidente. "Ela queria mudar de vida, estava com viagens marcadas, ajeitando o apartamento para viver a vida dela, era independente, não dependia de homem nenhum, vida financeira boa...", descreveu.

A família relatou que o casal discutia algumas vezes, mas que eles nunca presenciaram as brigas porque Dayana era discreta com a vida pessoal dela. "Quando ele [Luiz Felipe] participava das reuniões em família, não demonstrava, mas por trás eles brigavam. O cara era ciumento, tinha ciúmes dos amigos, das amigas, mas Dayana nunca expôs a vida dela, procurava resolver no particular", contou Alan.

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