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Pente-fino retira 43 milhões de litros de esgoto da Baía de Guanabara

Recuperação de sistemas de coleta e de tratamento e um cuidadoso trabalho de limpeza resultam em números significativos obtidos pela Águas do Rio

Por Meia Hora

Publicado às 05/06/2023 00:00:00 Atualizado às 05/06/2023 00:00:00
Branded Águas do Rio - Fiscalização com uso de robô em Copacabana 2

Um cuidadoso trabalho de limpeza e a recuperação de sistemas de coleta e de tratamento de esgoto feito pela Águas do Rio têm apresentado números significativos. Em pouco mais de um ano e meio de operação, a empresa retirou da Baía de Guanabara 43 milhões de litros de esgoto que caíam nela diariamente. A concessionária, que atua na capital e em outros 26 municípios fluminenses, vai além: serão investidos R$ 2,7 bilhões na construção de coletores em cidades no entorno da baía, que vão levar o esgoto para as estações de tratamento, evitando que mais de 1,3 milhão de litros de dejetos seja lançado nesse importante patrimônio ambiental.

O resultado desse esforço está comprovado por seguidos laudos de balneabilidade emitidos pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Os relatórios apresentam redução considerável dos números de coliformes termotolerantes (conhecidos como coliformes fecais) em praias historicamente poluídas, como Paquetá, Ilha do Governador, Flamengo e Botafogo, além da Lagoa Rodrigo de Freitas. A previsão é que a qualidade da água desses locais, considerada péssima nas últimas décadas, melhore cada vez mais, tornando saudáveis esses ecossistemas.

"No dia a dia já é possível perceber a transformação que está acontecendo na vida de muitas pessoas que moram nas cidades em que estamos presentes. A universalização do saneamento básico nos 27 municípios onde atuamos será nosso grande legado", disse Alexandre Bianchini, presidente da Águas do Rio.

O segredo do sucesso

A redução dos níveis de coliformes, por períodos cada vez mais longos, resulta de uma série de ações da concessionária, como fiscalização constante de despejo irregular de esgoto nos rios. Desde setembro, quando os agentes da Águas do Rio começaram a busca por imóveis que descartam resíduos oriundos de atividades industriais e humanas em galerias pluviais, rios, canais e mar, o equivalente a mais de 13 piscinas olímpicas de esgoto por mês deixou de desaguar nas praias da Zona Sul. Além disso, a empresa realizou a limpeza do Interceptor Oceânico, túnel subterrâneo que capta o esgoto da maior parte dessa região e das elevatórias dessa área.

Outras frentes de trabalho atuam na troca de tubulações, modernização de sistemas de bombeamento e reforma nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), como Penha, Pavuna, Ilha do Governador, Sarapuí, São José e São Gonçalo. Com objetivo de melhorar a qualidade da água que retorna para o meio ambiente, a concessionária atua na expansão da maior delas, a ETE Alegria, no Caju, no Rio. As melhorias incluem limpeza e reativação de decantadores, troca de bombas, motores e gradeamentos,

Entre outras melhorias está a implementação de 10 km de redes de esgoto em comunidades cariocas, que resultou na retirada do despejo de 1 milhão de litros de esgoto in natura. Foram mais de 144 mil manutenções de sistemas de água e esgoto onde serviços públicos não entravam.

Investimento

De acordo com o presidente da Águas do Rio, o contrato de concessão firmado com o Governo do Estado prevê que a empresa invista 1,2 bilhão nas 523 favelas da área de atuação da concessionária nos próximos anos. "Nosso esforço vai além de implantar infraestrutura sanitária nessas localidades. Queremos o desenvolvimento econômico e profissional, a transformação de vidas em cada uma delas. É por isso que neste primeiro ano de operação contratamos 4,5 mil moradores de favelas, mais da metade dos nossos colaboradores. São pessoas que, muitas vezes, não tinham perspectivas ou oportunidades de emprego formal e que agora ajudam a levar água e dignidade para parentes, amigos e vizinhos", disse Bianchini.

Um dos contratados é Clayton Guilherme da Silva, que trabalha como supervisor comercial. Morador do Parque Arará, em Benfica, na Zona Norte, ele atua diretamente com lideranças comunitárias da região ouvindo e resolvendo demandas da população. "Estou muito feliz por trabalhar na Águas do Rio e posso dizer que me sinto realizado profissionalmente. Quero crescer junto com a empresa ao longo desses 35 anos de concessão", disse ele.

A empresa investirá para cumprir as metas alinhadas ao Marco Legal de Saneamento. Serão R$ 19 bilhões em obras de infraestrutura para resultar em dois grandes símbolos: o primeiro, em 10 anos, quando 99% da população terá acesso à água tratada; e o segundo, em 12 anos, quando chega à universalização do esgoto.

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