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Tiras sufocam guerra na praça seca

Poliçada deflagra ofensiva após mais uma madrugada de terror no bairro

Por Meia Hora

Publicado em 16/09/2023 00:00:00 Atualizado em 16/09/2023 00:00:00
No Bateau Mouche, os militares ficaram de butuca em algumas vielas

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) fizeram ontem uma operação na Praça Seca após mais uma madrugada de tiroteio. As equipes atuaram na Chacrinha e no Bateau Mouche para reprimir a movimentação de criminosos envolvidos na guerra entre milicianos e traficantes. Veículos blindados circularam pelas ruas das comunidades e um helicóptero sobrevoou a região. 

Por causa da operação, as ruas do bairro ficaram desertas de manhã. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a Clínica da Família Gerson Bergher, na Rua Cândido Benício, acionou o protocolo de acesso mais seguro e interrompeu o funcionamento. Na Praça Seca, Bateau Mouche, Chacrinha e no Morro do Fubá, seis unidades escolares foram fechadas, afetando 1.316 alunos, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. A MOBI-Rio informou que não houve interrupção no corredor Transcarioca do BRT. 

A guerra entre os grupos rivais acontece desde o ano passado, quando o Comando Vermelho passou a invadir áreas antes dominadas pela milícia, para expandir os seus pontos de venda de drogas. 

Segundo testemunhas, ontem os paramilitares teriam retomado o controle da comunidade da Chacrinha. Para revidar o ataque, os traficantes teriam matado dois criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP), aliados dos milicianos, no Morro do Fubá. Moradores relataram intensa troca de tiros na comunidade, que também é alvo de disputa pelos mesmos criminosos. 

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