De acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, o fenômeno é resultado de um florescimento de algas, causado pela combinação de nutrientes em excesso, altas temperaturas e falta de chuvas. Já a "pequena ilha" foi formada pela diminuição do nível da água.
Para melhorar a qualidade da água, é necessário o acionamento da bomba da fonte do lago. Entretanto, o nível mais baixo do que o habitual, "impede o funcionamento do sistema de bombeamento", de acordo com a secretaria.
Além disso, a falta de chuvas e o tempo seco também agravaram o processo de "eutrofização" em partes do lago, que é uma forma de poluição que reduz drasticamente os níveis de oxigênio na água, ameaçando a vida de espécies animais e vegetais.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirma que está monitorando a situação do lago em parceria com a Urbia, concessionária responsável pela administração do parque desde 2019.
A concessionária foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Água do Rio Pinheiros também ficou verde
O fenômeno observado no lago do Ibirapuera é o mesmo visto no Rio Pinheiros nas últimas semanas. O rio amanheceu esverdeado e ainda mais turvo na segunda-feira, 9, por exemplo.
As características do Pinheiros, de "rio atípico", com pouca vazão e despejo frequente de carga orgânica, colabora para o agravamento do fenômeno.
A proliferação de algas pode acontecer em rios e lagos por causas naturais, mas principalmente como resultado da ação humana, quando a água está poluída.
Derramamento de esgoto, poluentes, fertilizantes e dejetos de animais intensificam o problema, que provoca proliferação de cianobactérias e é nocivo à saúde, segundo o Ministério da Saúde.