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Alerj derruba veto de Castro e gestão do Sambódromo volta para o estado do Rio

Prefeito Eduardo Paes anunciou nas redes sociais que pretende contestar a medida judicialmente

Por Meia Hora

Publicado em 30/06/2025 18:53:58
A Prefeitura do Rio é a atual responsável pela gestão do Sambódromo
Rio - A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu, nesta segunda-feira (30), por 38 votos a 19, derrubar o veto do governador Cláudio Castro (PL) ao Projeto de Lei 57/23, de autoria do deputado Rodrigo Amorim (União). A proposta transfere a administração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, atualmente sob responsabilidade da Prefeitura do Rio, de volta para o Governo do Estado. O veto havia sido publicado em janeiro deste ano.

Com a decisão, os parlamentares também anularam um decreto que conferia à gestão municipal o controle sobre os imóveis da Cidade Nova, anteriormente pertencentes ao antigo Governo do Estado da Guanabara ou à antiga Prefeitura do Distrito Federal.

Rodrigo Amorim defendeu a proposta destacando que o Carnaval deve ser visto como um patrimônio estadual, e não apenas da capital. Para embasar seu argumento, citou que três das quatro últimas campeãs do Grupo Especial vieram do interior do estado: Grande Rio (Duque de Caxias, 2022), Viradouro (Niterói, 2024) e Beija-Flor (Nilópolis, 2025). A única exceção foi a Imperatriz Leopoldinense, vencedora em 2023.

Em resposta à decisão da Alerj, o prefeito Eduardo Paes anunciou nas redes sociais que pretende contestar a medida judicialmente. Ele criticou a iniciativa, argumentando que o Governo do Estado deveria priorizar outras áreas, como segurança pública, saúde, educação e infraestrutura. Paes sugeriu ainda que equipamentos culturais, como o Teatro Municipal e o Imperator, fossem repassados à prefeitura, por estarem mais alinhados com as atribuições municipais.

Na mesma publicação, Paes elogiou o veto inicial de Cláudio Castro, classificando o projeto como “delírio” e lembrando que o governador havia reconhecido que havia questões mais relevantes para priorizar. Até o momento, o governador ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão da Alerj.