Com shows, Areninha Cultural Carlos Zéfiro é reinaugrada com shows em Anchieta

Rio - Em evento que contou com shows da cantora Teresa Cristina e da Velha Guarda do Império Serrano, a Areninha Cultural Carlos Zéfiro, em Anchieta, Zona Norte, foi reinagurada com pompas neste sábado (13). A celebração também teve apresentações de jongo, capoeira e carimbó.

A revitalização do espaço, realizada pela Prefeitura do Rio por meio da Secretaria Municipal de Cultura, começou em dezembro de 2024 e custou cerca de R$ 3 milhões.

A obra ampliou a capacidade de público da areninha de 340 para 520 espectadores, realizou o reforço da estrutura metálica, substituiu as arquibancadas por uma estrutura em concreto e trocou a lona por telhas tipo sanduíche, com isolamento térmico e acústico.

Além disso, foram implementadas novas iluminações, com ventilação, exaustão e climatização. Também foram instalados corrimãos, cabine de luz e som, banheiros, rampas e camarins.

O prefeito Eduardo Paes participou da reinauguração do espaço e afirmou que a ação ajuda a fortalecer a cultura na cidade carioca e também "democratizar cada vez mais o acesso da população às manifestações artísticas".

O secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, falou sobre as melhorias que tornaram o local apto a receber grandes artistas e manifestações culturais.

"Aqui a gente tem também um espaço que foi dobrado para cursos e seminários, estúdio de gravação, sala de dança, equipamentos de primeira para que todo mundo possa aproveitar em Anchieta o melhor da cultura carioca", explicou.

A cantora Teresa Cristina, que se apresentou na reinauguração, contou que o espaço está com cheiro de 'carro novo'.

"Já cantei aqui há uns anos. Tá com cheirinho de coisa nova. Sabe o carro novo quando você entra e sente aquele cheirinho? Gostei da sonoridade, do espaço", relatou.

A artista também falou sobre a oportunidade de subir aos palcos ao lado da Velha Guarda do Império Serrano.

"Essas pessoas precisam ser valorizadas porque deram o máximo delas pelas escolas. A vida dessas pessoas foi dedicada às escolas de samba. E quando chegam a uma certa idade, ficam com o título de velha guarda, recebendo louros, mas não têm trabalho, não fazem show. E o que faz essas pessoas alegres é cantar, ver o público e, nesse ponto, o gostoso da areninha é que o público fica muito próximo. A gente sente o carinho das pessoas logo de cara".

Giane Silva Nascimento, agente de apoio da educação especial, esteve no evento e elogiou o espaço. "A areninha ficou ótima, bem bonita. Vai dar para aproveitar bastante. Moro em Nilópolis, mas são só 10 minutinhos até aqui. Espero vir mais vezes. Adorei. A visibilidade (do palco) é boa. O acesso é bom. Você pode vir de trem, de ônibus. Achei excelente".

De acordo com a prefeitura, o órgão mantém uma rede de 13 arenas e areninhas concentradas nas Zonas Norte e Oeste, com peças teatrais, stand up e shows musicais, sempre com entrada gratuita ou ingressos solidários.

Quem foi Carlos Zéfiro?

A areninha leva o pseudônimo do funcionário público Alcides Aguiar Caminha, nascido em 1921. O homem  ilustrava histórias em quadrinhos com características eróticas entre as décadas de 50 e 70 e as assinava com o nome de Carlos Zéfiro. Algumas edições chegaram a ter tiragem superior a 30 mil exemplares. A verdadeira identidade do artista gráfico, morador de Anchieta, só foi descoberta em 1991, pouco antes de sua morte.