O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, e a cabo assassinada Maria de Lourdes Freire Matos, 25, eram parte do 1.º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG) do Distrito Federal, unidade que faz a guarda das instalações da Presidência da República.
Segundo informações do Exército, Silva confessou o assassinato e está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Ele responderá na Justiça pelos crimes de feminicídio, furto de arma de fogo, incêndio e fraude processual.
Criado em 1808 e conhecido como Dragões da Independência, 1º RCG é a cavalaria mais antiga do Brasil ainda em atividade.
A unidade manifestou eu seu perfil no Instagram "profundo pesar" pelo assassinado da cabo Maria de Lourdes e afirmou que sua trajetória na instituição foi "marcada por dedicação, profissionalismo e um compromisso exemplar com o serviço prestado na Fanfarra". A vítima era saxofonista da banda do regimento, que também realiza o cerimonial militar.
Em nota, o Exército Brasileiro disse prestar "total apoio à família" e lamentar "profundamente a perda da Cabo", reafirmando "não coadunar com atos criminosos e punir com rigor os responsáveis".
Exclusão das Forças Armadas
O crime ocorrido na sexta-feira, 5, teria se dado durante uma discussão, na qual o soldado golpeou o pescoço da vítima com uma faca e depois ateou fogo no local, conforme informações da Polícia Civil do DF.
O Centro de Comunicação Social do Exército afirma que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para esclarecer as circunstâncias do incêndio e da morte de Maria de Lourdes Freire Matos. Segundo a instituição, o soldado deve "ser excluído das fileiras da Força e responsabilizado pelo ato cometido".

