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Greve: passageiros reclamam da falta de ônibus

Segundo dia de paralisação afeta rotina de quem depende do transporte no Rio

Por Manuella Viégas

Publicado em 24/12/2025 00:00:00 Atualizado em 24/12/2025 00:00:00
Carmen Regina desistiu de esperar o ônibus e voltou para casa

A greve dos motoristas de ônibus da Viação Real afetou ontem milhares de passageiros. Pontos de ônibus esvaziados e pessoas tendo de pegar carro de aplicativo para chegar ao trabalho foram cenas comuns, principalmente nas zonas Sul, Sudoeste, Norte e Centro, desde a madrugada de segunda-feira, quando a paralisação teve início.

O pintor Arsênio de Souza, 65 anos, contou que saiu de Bangu, Zona Oeste, para uma consulta médica no Humaitá, na Zona Sul, e se surpreendeu ao saber da greve já no ponto do ônibus da linha 309 (Central x Alvorada), na Central.

"Eu não sabia. Um rapaz me falou que está em greve. Minha consulta está marcada para hoje (ontem), vou até lá e explicar que não deu para chegar no horário", disse.

A funcionária de comércio Carmen Regina, 50 anos, perdeu o dia de trabalho pela falta de ônibus. "Falaram que até tem um em Botafogo, mas ainda vai demorar muito para chegar. Liguei para o patrão e vou ter que voltar para casa. Agora só sexta-feira", relatou.

Idoso revoltado

Revoltado, o aposentado Celso Emílio, 75 anos, que também tinha consulta no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, questionou o motivo de não aproveitar outros carros para suprir as linhas paralisadas.

"Tem muito ônibus que pode colocar no lugar do 309. Eles não colocam porque não querem. Estão cansados de tirar de um lado e colocar de outro. Carro, tem um monte. Tenho médico marcado, perdi a consulta, mas ainda vou tentar chegar para ver se consigo ser atendido", afirmou o idoso Celso Emílio.

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