A Volkswagen encerrou a produção do Fusca durante cerimônia de despedida, na última quarta-feira, em fábrica no México. Criado na década de 1930, o modelo vendeu mais de 21 milhões de unidades pelo mundo, em 84 anos de trajetória. O ponto final já estava decidido pela marca desde o fim do ano passado, com o lançamento da linha Beatle Final Edition.
A despedida do popular foi registrada por funcionários da planta em Puebla. Na imagem, trabalhadores do chão de fábrica, executivos e outros funcionários aparecem ao lado da última unidade do modelo, com a mensagem de agradecimento "Obrigada, Fusca. Tchau, tchau, Fusca" em uma faixa.
A unidade fotografada é uma das 65 que serão vendidas apenas pela internet, no site da montadora. O preço sugerido da versão básica é de 21 mil dólares (cerca de R$ 78 mil, em conversão direta e sem impostos). Cada modelo terá uma placa comemorativa na lateral com a numeração da sua unidade.
A princípio, segundo revelado pela própria marca, o modelo não terá substituto ou nova geração. Já na linha de produção de Puebla, os funcionários órfãos do Fusca devem trabalhar na montagem do novo SUV compacto da marca, o Tarek.
60 Anos de Brasil
No Brasil, o Fusca começou a ser produzido na fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo (São Paulo), em 1959. Chamado apenas de Sedan na época, o então carro-chefe da Volkswagen rapidamente caiu no gosto do motorista devido às suas características resistentes. O interesse foi tão grande que, no fim do mesmo ano, o modelo já era o mais vendido no país, e assim permaneceu por 24 anos, até 1983.
De acordo com o Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ), há 245.749 Fuscas regularizados e circulando pela cidade. Desses, 380 possuem a placa preta, destinada a veículos de colecionador.