A Saudável e Sustentável Bicicleta:

Modernização: do primitivo meio de locomoção para o Transporte do Futuro

A evolução da Bicicleta
A evolução da Bicicleta -
Colunista: Luiz André Ferreira
Ela não foi inventada por Leonardo da Vince. Ao contrário do que vem sendo cada vez mais difundido, os esboços mais remotos descobertos nos anos 60 não foram traçados pelo gênio das artes plásticas. Na verdade foram riscados por um monge.
Sendo elevada como o meio de locomoção mais sustentável e o pedalar entrando na rotina como um dos mais saudáveis exercícios físicos externos, a bicicleta nunca esteve tão em voga ao ponto de sofrer um dos maiores males da atualidade: o Fake News.
Linha do Tempo da Magrela
O modelo precursor, chamado de “máquina de correr” foi elaborado pelo barão alemão Karl Von Drais em 1817. Só ganhou pedais na França, três décadas depois quando foi rebatizada de Micheline. Com o tempo foram introduzidas rodas do mesmo tamanho e alinhadas. Antes a da frente era gigante em comparação com a traseira.
Em 2018 esse veículo ganhou até o seu dia, 03 de junho ao entrar para o calendário oficial da Organização das Nações Unidas como forma de incentivar o seu retorno como um modal de inclusão social e de locomoção não impactante.
As primeiras Ciclovias
Hoje na terceira posição, a Cidade Maravilhosa foi uma das primeiras no mundo a investir na acessibilidade para esse tipo de veículo. Como legado, dispõe hoje de 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, além de trechos mistos divididos com pedestres e veículos.
Chamadas de Laranjinhas, as bicicletas compartilhadas registraram um aumento de 38% logo nos primeiros meses de 2025, registrando um total de 15 milhões de quilômetros pedalados, segundo a Tembici, empresa que operacionaliza o aluguel das Bikes.
No entanto, é do outro lado da Baía de Guanabara, onde vem sendo registradas as novas marcas históricas. A gratuidade do programa NitBike ultrapassou 1 milhão de viagens adultas desde julho de 2024 e as mirins, já contabilizam mais de 800 mil trajetos realizados.

Niterói ainda abriga atualmente a ciclovia mais movimentada do país, num trecho que vai da parte sul da Avenida Marquês de Paraná, no Centro até a Praia de Icaraí, na Zona Sul. Somente esse percurso registrou 1,8 milhão de retiradas nos postos  públicos desde janeiro de 2024 — uma média de 140 mil ciclistas por mês, superando a icônica Avenida Faria Lima, em São Paulo.
Pedaladas no Congresso
Além da mobilidade, o Congresso City Business Brazil discutiu outros papéis desempenhados pelas Bikes na atualidade, entre eles a de vetor de inclusão, saúde e desenvolvimento econômico.

“Mais de 54% da população brasileira não tem acesso a esse meio de transporte, segundo o IBGE. Nascemos pedestres. A bicicleta fomenta o comércio local e pode ser subsidiada pelo poder público”, defendeu o ativista e podcaster Irineu Gnecco Filho.
Durante as discussões no espaço batizados como Arena da Mobilidade, especialista, ativistas, esportistas estiveram reunidos com representantes dos setores setores público, privado e potenciais investidores. Apesar do crescimento, foram apontados obstáculos que impedem a elevação da Bike como protagonista na mobilidade urbana.
Entre os principais entraves estruturais, a ausência de integração entre as rotas assim como a elaboração de planos logísticos mais consistentes, campanhas mais incisivas para incentivar maior adesão pela população, assim como cobrança do poder público na responsabilidade na continuidade e ampliação dos serviços já existentes.
Entre os principais desafios operacionais, ausência de estações para retirada e devolução dos veículos nas regiões periféricas, integração com o vale-transporte, formas de subvencionar os preços das assinaturas e do aluguel avulso, inacessíveis para grande parcela da população. Também estão entre os principais impedimentos ao maior uso está o curto tempo para cada retirada, resultando em multa para o usuário, principalmente em grandes cidades. Isso sem contra com a ausência de planos logísticos mais inteligentes, além  da mudança do desenho urbano, excludente, privilegiando o automóvel em detrimento da mobilidade ativa.
Como unanimidades, os especialistas atualizaram o caderno de aplicabilidade do Mobil Bike, que hoje assume o papel social além de um meio de transporte, agregando a essa atividade bem-estar, saúde, geração de renda e, principalmente, inclusão.
Contatos do Colunista Luiz André Ferreira
 
 
Cidades aumentam malha cicloviária e investe na acessibilidade como opção sustentável de locomoção
Cidades aumentam malha cicloviária e investe na acessibilidade como opção sustentável de locomoção Divulgação City Business Congress
A evolução da Bicicleta
A evolução da Bicicleta Divulgação City Business Congress