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Atirador se sentia perseguido

Diário revela perfil paranoico e cita chacinas de Realengo e Fortaleza

Missa foi celebrada na catedral em homenagem aos mortos no ataque
Missa foi celebrada na catedral em homenagem aos mortos no ataque -

O homem que matou cinco pessoas e se suicidou na Catedral de Campinas na terça-feira sentia-se perseguido e chegava a anotar placas de carros em um diário que foi localizado pela polícia. Entre as anotações, Euler Fernando Grandopho, 49 anos, cita a chacina em uma casa de shows em Fortaleza, em janeiro deste ano, que teve 14 mortos, e a de Realengo, em 2011, quando 12 crianças morreram e 11 ficaram feridas em uma escola. "Qual será a pena para os que estão ouvindo minha casa e me perseguindo há mais de dez anos", escreveu.

Os investigadores ainda não descobriram o que levou Euler a cometer o crime. Segundo a família, ele havia procurado tratamento para depressão. Os parentes temiam que ele cometesse suicídio.

Quinta vítima

Heleno Severo Alves, 84 anos, que foi ferido por dois disparos no tórax e no abdômen, morreu ontem após passar por uma cirurgia. A mulher dele, a dona de casa Damina Francisco Leandro Alves, 76 anos, contou que pediu para o marido não ir à igreja. "Logo cedo ele pegou o rosário, o livro de orações e disse que ia rezar, mas perdeu o circular. Eu falei que era pra ele não ir, que tem coisa que vem pro bem, é um aviso. Falei, vai descansar, homem. Mas ele 'não, tenho que ir'. Pegou o ônibus e foi", disse. Ela reconheceu pela TV o corpo do marido caído. No dia 25, eles completariam 63 anos de casados.

Mãe enterra o filho

Os quatro mortos dentro da catedral foram sepultados ontem, além do atirador. A dona de casa Jandria Prado Monteiro, 65 anos, que foi ferida no ataque, recebeu alta a tempo de ir ao enterro do filho, Sidnei Vitor Monteiro.

A Catedral Metropolitana de Campinas foi reaberta e celebrou uma missa ontem, em homenagem às vítimas, no mesmo horário do ataque.

Preso gravou ameaças em vídeo Reprodução de vídeo
Missa foi celebrada na catedral em homenagem aos mortos no ataque Ari Ferreira / AFP

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