Veja como o consumo de refrigerante favorece pedras nos rins
Por Edicase
Publicado em 13/05/2025 12:42:50Por trás da embalagem colorida e do marketing envolvente dos refrigerantes, existe um líquido que, quando consumido em excesso, prejudica o bom funcionamento dos rins. A formação de cálculos urinários, conhecida popularmente como “pedras nos rins”, tem crescido entre adultos jovens, e especialistas começam a traçar conexões diretas com hábitos alimentares modernos — entre eles, o consumo abusivo de refrigerantes.
Inclusive, recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando um paciente que consumia de dois a três litros de refrigerante por dia e que precisou passar por cirurgia para remover 35 pedras da bexiga. A cena expôs não apenas a gravidade da situação, mas também a urgência de repensarmos o consumo dessas bebidas aparentemente inofensivas.
Para o urologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Dr. Alexandre Sallum Bull, o caso viralizado serve de alerta para todos que ainda acreditam que tomar refrigerante “só de vez em quando” não faz mal.
“Refrigerante é uma das bebidas mais agressivas para o sistema urinário. Ele altera o pH da urina, estimula a perda de minerais pelos rins, favorece a cristalização de substâncias como cálcio, fosfato e oxalato — e isso, com o tempo, vira pedra. E pedra vira dor, infecção e, nos casos mais graves, cirurgia”, afirma.
Prejuízos do refrigerante ao trato urinário
Por trás do sabor adocicado e da sensação refrescante, o refrigerante esconde um coquetel de substâncias prejudiciais ao trato urinário:
- Ácido fosfórico: presente especialmente nos refrigerantes à base de cola, altera o equilíbrio ácido-base da urina e aumenta a excreção de cálcio pelos rins, um dos principais componentes das pedras;
- Açúcar em excesso: altas doses de glicose afetam o metabolismo do cálcio e podem aumentar a produção de urina rica em minerais cristalizáveis;
- Cafeína: presente em muitos refrigerantes, tem efeito diurético leve, que pode aumentar a desidratação, reduzindo o volume urinário e favorecendo a concentração de sais na urina.
E isso sem mencionar os refrigerantes zero ou diet, que embora não contenham açúcar, mantêm o ácido fosfórico e adoçantes artificiais, também suspeitos de afetarem a microbiota intestinal e o metabolismo renal.
refrigerante da sua rotina, não está apenas cortando uma bebida calórica. Está fazendo um gesto de respeito com seu corpo, com seus rins e com a sua saúde a longo prazo”, conclui o Dr. Alexandre Sallum Bull.
Por Roneia Forte