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Entenda como é feita a transfusão de sangue em animais

Trata-se de um procedimento seguro e fundamental em casos específicos

Por EdiCase

Publicado em 23/05/2025 06:20:00 Atualizado em 23/05/2025 11:03:13
A transfusão de sangue pode ajudar a salvar a vida do seu animal de estimação (Imagem: Chendongshan | Shutterstock)
A transfusão de sangue pode ajudar a salvar a vida do seu animal de estimação (Imagem: Chendongshan | Shutterstock)

Assim como os humanos, cães e gatos também podem precisar de transfusão de sangue para sobreviver a diversas emergências. Segundo a médica-veterinária Mariana Belloni Teixeira, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da faculdade Anhanguera, trata-se de um procedimento seguro e fundamental em casos específicos. 

“A transfusão pode ser necessária quando o animal sofre uma grande perda sanguínea, como em casos de atropelamento, anemias severas, intoxicações ou doenças infecciosas, como a erliquiose (doença do carrapato). O sangue doado pode literalmente salvar uma vida”, explica.

Processo de transfusão de sangue

Antes da transfusão, o veterinário realiza exames laboratoriais para confirmar a real necessidade e determinar o tipo sanguíneo do animal, já que cães e gatos possuem tipos diferentes de sangue, e a compatibilidade é fundamental para evitar reações adversas. 

O processo de transfusão em pets é muito semelhante ao dos humanos, com etapas essenciais. “Inicialmente, é feita a identificação da necessidade do procedimento por meio de exames clínicos e laboratoriais, seguida da tipagem e testes de compatibilidade. Nos cães, são identificados antígenos como DEA 1.1; nos gatos, os tipos mais comuns são A, B e AB. Um teste cruzado também é feito para evitar rejeição. O passo seguinte é a coleta do doador, realizada por punção da veia jugular”, explica a veterinária Mariana Belloni Teixeira.  

A especialista aponta que, em média, um cão pode doar até 450 ml de sangue, e um gato, cerca de 50 ml. O sangue é administrado lentamente por via intravenosa, com acompanhamento clínico constante para evitar reações adversas.

“Durante o processo, é feito monitoramento da temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial do animal receptor. Sinais como vômitos, tremores ou alterações na respiração devem ser observados, já que podem indicar uma reação transfusional”, explica a veterinária.  

Para ser um doador de sangue, o animal precisa atender a alguns critérios (Imagem: Rawpixel.com | Shutterstock)

cuidados. O animal é liberado após a coleta e pode voltar à rotina normal no mesmo dia.  

Por Camila Crepaldi