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Veja como as fibras ajudam na prevenção do câncer colorretal

Por Edicase

Publicado em 29/07/2025 16:47:49
As fibras aceleram o trânsito intestinal e diminuem o tempo de contato com substâncias que podem estimular o surgimento do câncer (Imagem: Daniela Maksimovic | Shutterstock)

O câncer colorretal é o terceiro mais comum no Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma. Só este ano, deverão ser diagnosticados 45.630 casos, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os alimentos ricos em fibras têm importante papel no apoio da prevenção destes tumores, que se desenvolvem a partir de mutações genéticas de lesões benignas — como pólipos — no intestino grosso, incluindo o cólon e o reto.

“As fibras aceleram o trânsito intestinal, reduzindo o contato das substâncias que estimulam o surgimento do câncer com as paredes intestinais”, explica o médico oncologista Alexandre Palladino, da Oncologia D’Or, que acrescenta: “Podem também ter um efeito anti-inflamatório e modular a microbiota intestinal, conjunto de bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos que habitam nosso corpo. Assim, propiciam um ambiente menos carcinogênico no intestino”.

Um estudo da Universidade de Perugia, na Itália, chamado “Rectal Cancer: 20% Risk Reduction Thanks to Dietary Fibre Intake. Systematic Review and Meta-Analysis“, evidenciou que comer frutas, verduras e outras fontes de fibras têm a probabilidade de apoiar a redução de 20% o risco de câncer no reto — região onde ocorre um terço dos casos de câncer colorretal. Os pesquisadores analisaram 22 estudos sobre o tema, que avaliaram 2.876.136 indivíduos. 

Fatores de risco para o câncer colorretal

A dieta pobre em fibras é um dos principais fatores de risco do câncer colorretal. Outros fatores importantes são o consumo de alimentos processados — como os embutidos —, o sedentarismo, a obesidade, o consumo regular de álcool e tabaco, condições genéticas ou hereditárias, como doença inflamatória intestinal crônica, e histórico familiar.

4. O câncer colorretal acomete apenas os idosos?

Embora seja mais comum em pessoas com 60 anos ou mais, a incidência vem aumentando em adultos jovens nas últimas décadas.

Por Nora Ferreira

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