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7 fatores que podem afetar a qualidade do sono e a saúde

Por Edicase

Publicado em 03/11/2025 16:40:09
Questões de saúde podem afetar a qualidade do sono (Imagem: Gorodenkoff | Shutterstock)

Uma boa noite de sono é fundamental para manter o equilíbrio do corpo e da mente. Durante o descanso, o organismo realiza processos importantes de recuperação, como a regeneração celular, o fortalecimento do sistema imunológico e a regulação de hormônios. Dormir bem também auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares, no controle do peso e na melhora da memória e do humor.

“Prezar por dormir a quantidade adequada, na hora adequada, sempre lembrando de se manter a regularidade nos horários de dormir e acordar, melhoram em muita nossa produtividade física, mental e emocional, prevenindo também uma série de doenças”, explica o otorrinolaringologista Dr. Paulo Reis, especialista em Medicina do Sono e coordenador científico do grupo Bonviv Brasil.

Abaixo, 7 fatores que podem afetar a qualidade do sono e a saúde!

1. A necessidade de sono é individual

É preciso ter cuidado com a afirmação de que o tempo de sono necessário é sempre de oito horas. “Na verdade, nós temos uma necessidade de sono individual. Costumo dizer que a quantidade de sono necessária é como a quantidade de calorias que precisamos ingerir para viver. Alguns precisam de mais, outros de menos”, explica o Dr. Paulo Reis.

Segundo ele, o corpo sabe o que cada pessoa precisa exatamente. “Oito horas é a quantidade que a maioria da população precisa, em média, mas existem pessoas que precisam de mais ou menos. Adolescentes e gestantes, por exemplo, tendem a ter uma necessidade de sono maior em relação ao seu parâmetro habitual. É como se você gastasse 2000 calorias normalmente e, ao iniciar uma atividade física mais intensa, seu corpo passasse a pedir mais”, exemplifica.

7. Comer demais antes de dormir pode fazer mal

Dificuldade para dormir, exaustão e problemas estomacais podem surgir quando comemos demais próximo à hora de dormir. Isso ocorre porque, segundo a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), esse hábito envia sinais confusos ao corpo.

“O fígado, por exemplo, é extremamente afinado para determinar quando acelerar o metabolismo com base em quando você come. Então, fica fácil entender que, se você fizer isso no meio da noite, o fígado receberá sinais contraditórios do cérebro, que está dizendo para descansar, e enviará sinais conflitantes de volta ao cérebro e a outros sistemas orgânicos. Assim, além da comida ser processada com menos eficiência, o sono é prejudicado”, diz a médica.

Para evitar ou minimizar os desconfortos, o ideal é realizar a última refeição pelo menos duas horas antes de deitar para dormir. “Evite também refeições muito pesadas pouco antes de dormir e a desidratação, que também pode levar a desconforto durante a noite, enquanto a ingestão excessiva de líquidos antes de dormir pode causar interrupções frequentes para ir ao banheiro”, finaliza a Dra. Marcella Garcez, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.

Por Pedro Del Claro

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