7 dicas para uma cozinha ergonômica e funcional
Por Edicase
Publicado em 30/11/2025 17:49:14A criação de uma cozinha ergonômica envolve decisões que consideram circulação, medidas adequadas e uso inteligente de superfícies. Cada detalhe influencia a funcionalidade, o conforto durante o preparo dos alimentos e a organização cotidiana. Pensar nisso desde o início evita retrabalhos e melhora a experiência no espaço.
Nesse sentido, o arquiteto Paulo Tripoloni, à frente do Atelier que leva seu nome, reúne dicas importantes que norteiam a criação de um ambiente acolhedor, com alturas ideais, distâncias estratégicas, iluminação eficiente e muitos outros atributos que jamais podem ficar de fora. As orientações mostram como equilibrar função, bem-estar e dinâmica familiar em um único projeto. Confira!
1. Planejamento é a base do projeto da cozinha
Por trás de muitas cozinhas impecáveis, há um detalhe que só se revela com o tempo: a falta de funcionalidade. Circulação travada, armários mal posicionados, falta de espaço para apoiar ingredientes ou até mesmo a ausência de uma tomada onde mais se precisa, tudo isso, segundo Paulo Tripoloni, vem da ausência de planejamento, um erro invisível à primeira vista, mas que compromete a produtividade diária.
Mais do que beleza, uma boa cozinha exige lógica, em que se entende os fluxos, prevê ações, pensa no preparo, no armazenamento, na limpeza e no convívio, tudo ao mesmo tempo. Para o arquiteto, é no planejamento que o projeto se alinha com os fundamentos da ergonomia, que servem além de padronizar as medidas, para adaptar o espaço ao morador.
“Uma cozinha para ser vivida precisa ser pensada para isso, não adianta seguir tendências se elas não se encaixam na rotina dos viventes. Uma bancada bonita, mas com altura errada, vai causar incômodo no dia a dia”, alerta.
Para Paulo Tripoloni, um projeto com soluções ergonômicas vai trazer para a rotina:
- Redução do esforço físico: uma pia na altura errada exige que o corpo compense, o que ao longo do tempo vai significar dores e desconforto. O mesmo vale para armários altos demais, fornos mal posicionados ou distâncias mal calculadas;
- Fluxo inteligente entre tarefas: com a disposição correta dos elementos e da setorização – preparo, cocção, armazenamento e higienização –, tudo fica em seu devido lugar, trazendo mais agilidade.
“Quando cada área da cozinha tem uma função bem definida, tudo muda: o ambiente fica mais intuitivo, leve e gostoso de usar”, afirma.
Ventilação natural é ótima, mas sem uma boa coifa o cheirinho de alho vira hóspede permanente”, brinca o profissional.
Seja em cozinhas compactas, seja em ambientes com ilha digna de chefs, a ergonomia continua sendo o ingrediente secreto para que o espaço funcione. Medidas bem calculadas, iluminação em camadas e ventilação eficiente garantem que a tarefa de cozinhar aconteça sem dores, tropeços ou fumaça. E, como lembra o arquiteto Paulo Tripoloni, “projeto bom é aquele que acompanha o dia a dia dos moradores, evoluindo com eles e tornando cada refeição um momento prazeroso”.
Por Emilie Guimarães