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Número de pessoas que não fazem sexo bate recorde nos EUA

Homens com idades entre 18 e 29 anos são os mais inativos

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A proporção de adultos que não tiveram relações sexuais nos Estados Unidos bateu recorde em 2018, atingindo a marca de 23%, envolvendo principalmente homens de 18 a 29 anos, segundo a edição desta sexta-feira do jornal The Washington Post.

De acordo com a publicação, que analisou a pesquisa realizada pela organização NORC, ligada à Universidade de Chicago, o número de jovens de 18 a 29 anos que afirmaram não ter feito sexo no ano passado ficou acima do esperado, atingindo 23%, quase o triplo dos 8% registrados em 2008. Em 1989, esse número era de 14%.

Nessa faixa etária, os homens foram particularmente inativos: a taxa entre eles alcançou 28%, enquanto entre as mulheres foi de 18%.

Em comparação, os mais velhos foram significativamente mais ativos sexualmente, com 7% das pessoas entre 30 e 39 anos e 13% dos entrevistados de 50 a 59 anos terem afirmado que não tiveram nenhuma relação sexual no último ano.

"Entre as possíveis razões está uma maior preferência pelos videogames e o pornô", postou no Twitter o psicólogo Leonard Sax, que falou sobre o tema antes da publicação do levantamento. "Os homens jovens me dizem que os games e o pornô são muito melhores agora do que há 20 anos", acrescentou.

Em entrevista ao Washington Post, o pesquisador Jean Twenge, psicólogo da Universidade estadual de San Diego (Califórnia) afirma que uma explicação possível é que cada vez mais jovens desta idade não vivem com um parceiro sexual.

A redução da atividade sexual também se relaciona com o envelhecimento da população.

Os americanos acima dos 60 anos representam 26% da população, contra 18% de 1996, e nesta faixa etária o número de pessoas que não têm relações sexuais gira em torno dos 50%.

Até entre os adultos sexualmente ativos, a proporção que se relaciona sexualmente pelo menos uma vez por semana caiu para 39% em 2018 (em 1996 era 51%), uma queda que Twenge atribui à hiperconectividade e às múltiplas telas.

"Há muito mais a fazer hoje às 22h do que há 20 anos", concluiu.

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