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China envia 65 toneladas de remédios e insumos médicos para a Venezuela

Governo Maduro espera outros carregamentos para combater escassez de produtos

Caracas - Um avião da China com 65 toneladas de remédios e insumos médicos chegou nesta sexta-feira à Venezuela, o que o governo de Nicolás Maduro celebrou como "uma vitória" sobre as sanções financeiras dos Estados Unidos.

"Estamos vencendo o pretenso cerco, o bloqueio, que foi empreendido pelo governo do presidente Trump e pela marionete diabólica daqui da Venezuela", disse Tareck El Aissami, ministro da Indústria e ex-vice-presidente, em referência ao líder parlamentar opositor Juan Guaidó.

Numa declaração à imprensa na pista do aeroporto internacional de Maiquetía, em Caracas, El Aissami garantiu que se trata do "primeiro carregamento de vários que começam a chegar a partir deste momento".

Segundo o ministro, a carga inclui antibióticos, analgésicos, medicamentos para doenças como diabetes e material médico-cirúrgico.

Presente na chegada da aeronave, o embaixador chinês na capital venezuelana, Li Baorong, garantiu que o envio é parte de prévios "acordos de cooperação" entre Caracas e Pequim.

Diante da grave escassez de remédios e insumos médicos na Venezuela, a entrada de ajuda internacional tornou-se um elemento central na luta pelo poder entre Maduro e Guaidó, autoproclamado presidente interino do país e reconhecido no cargo por mais de 50 países.

Maduro vincula o desabastecimento com as sanções de Washington. A oposição, organizações de direitos humanos e pacientes denunciam há dois anos a falta de remédios, responsabilizando o governo de Maduro pela redução de importações em meio a uma grave crise econômica.

A China é um dos maiores aliados de Maduro, ao lado da Rússia, que há uma semana enviou uma missão militar a Caracas denunciada como uma "provocação" pela Casa Branca.

A Cruz Vermelha Internacional anunciou nesta sexta-feira que está pronta para distribuir "ajuda humanitária" em um prazo de 15 dias para beneficiar cerca de 650 mil pessoas, mas advertiu que não aceitará "interferências" políticas em seu trabalho.

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