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Bolsonaro convoca reunião sobre Venezuela, informa Mourão

Presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou o que classificou como uma "tentativa de golpe de Estado" na Venezuela

Venezuelanos correm de bomba de efeito moral durante confronto com Forças de Segurança de Caracas
Venezuelanos correm de bomba de efeito moral durante confronto com Forças de Segurança de Caracas -

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião nesta terça-feira com os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar da situação da Venezuela. A informação é do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que também participará do encontro, marcado para as 12h30, no Palácio do Planalto. Segundo Mourão, representantes do GSI e da Defesa vão "passar as informações que eles têm" sobre o assunto.

Mais cedo, o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, chamou a população às ruas e declarou ter apoio de militares para pôr fim ao que ele chama de "usurpação' na Venezuela. Autoridades do governo de Nicolás Maduro, por sua vez, falam em tentativa de golpe de estado. Nas redes sociais, Guaidó também afirmou que se encontra com as principais unidades militares das Forças Armadas.,

O autoproclamado presidente venezuelano organiza uma manifestação próximo a uma base aérea em Caracas. Mourão afirmou ter tido informações sobre o assunto apenas através da mídia até o momento, mas avaliou que a região da base área fica praticamente no centro da cidade, em uma região nobre, e é uma "área complicada". Ele disse não ter conhecimento sobre eventual apoio de militares a Guaidó.

Presidente da Bolívia condena "tentativa de golpe" na Venezuela

O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou, nesta terça, o que classificou como uma “tentativa de golpe de Estado” na Venezuela. Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o mandatário boliviano acusou o governo dos Estados Unidos de estar por trás da instabilidade política no país governado por Nicolás Maduro.

“Com sua ingerência e promovendo golpes de Estado, os Estados Unidos buscam provocar violência e morte na Venezuela, não importando as perdas humanas, mas apenas seus interesses”, escreveu Morales ao condenar “energicamente” o que classificou como tentativa de golpe “por parte da direita submissa a interesses estrangeiros”.

“Convocamos os governos da América Latina a condenar o golpe de Estado na Venezuela e impedir que a violência cobre vidas de inocentes. Seria um nefasto antecedente deixar que a intromissão golpista se instale na região. O diálogo e a paz deve impor-se sobre o golpe”, acrescentou Morales.

 

Estados Unidos

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, também se manifestou. Em um comunicado, Pompeo afirmou que, “hoje, o presidente [autoproclamado] interino Juan Guaidó anunciou o início da Operação Liberdade. O governo dos Estados Unidos apoia integralmente o povo da Venezuela em sua busca pela liberdade e pela democracia. A democracia não pode ser derrotada”.

Colômbia

O presidente colombiano, Iván Duque, também pediu aos militares venezuelanos que se unam a Guaidó.

Brasil

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as manifestações, que voltaram a tomar as ruas de Caracas e de outras importantes cidades venezuelanas depois que o presidente da Assembleia Nacional, deputado e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó divulgou uma mensagem em vídeo afirmando ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil